Associação empresarial algarvia quer abastecimento igual a Lisboa e Porto
O presidente da NERA - Associação Empresarial da Região do Algarve apelou hoje ao Governo para que assegure na região as "mesmas garantias de abastecimento de combustíveis" que decidiu para Lisboa e Porto.
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Economia Crise energética
Vítor Neto considerou, em declarações à Lusa, que esta medida, adotada na sequência da greve nacional dos camionistas das empresas de transporte de combustíveis, teria como "objetivo atenuar os seus efeitos negativos" na região.
A NERA "apela ao Governo para que atribua de imediato ao Algarve as mesmas garantias de abastecimento de combustíveis decididas para outras regiões do país, nomeadamente Lisboa e Porto", pode ler-se num comunicado da associação algarvia.
A associação lembrou que, além dos residentes no Algarve, a região recebe "milhares de turistas" na Páscoa e há ainda que precaver a "atividade de centenas de empresas dos mais variados setores que garantem o funcionamento dos setores da economia relacionados com o Turismo".
"Está em jogo a atividade económica de toda a região num período particularmente importante do ano. Já são visíveis os prejuízos causados. É urgente travar este processo", advertiu Vítor Neto.
O presidente da NERA considerou que "o Governo não pode fugir às suas responsabilidades" e "deve utilizar todos os meios legais à sua disposição para defender o interesse comum da região e do país".
O NERA junta-se assim à principal associação hoteleira do Algarve, que também pediu hoje uma "atenção especial" para a região para evitar cancelamentos de reservas durante a Páscoa devido à greve no transporte de combustíveis, advertindo que esse cenário é igualmente prejudicial para o país.
O presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, disse estar a acompanhar a greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas e a consequente falta de abastecimento aos postos de combustíveis com "muita expectativa, mas, sobretudo, com muita preocupação", porque a região quase triplica a sua população durante a Páscoa.
"Deve-se alargar não apenas os serviços mínimos ao resto do país, e nomeadamente ao Algarve, mas deve haver relativamente à região uma atenção especial, atendendo a esta realidade que não é normalmente considerada, mas que é muito importante, não só para os hoteleiros e o Algarve, mas também para o país", apelou.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica, e já levou ao encerramento de muitos postos de combustível por todo o país.
No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a "situação de alerta" devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o sindicato, foram definidos os serviços mínimos.
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