Parceria da EDP com ENGIE quer explorar potencial de vários mercados
Holanda, Coreia do Sul, Japão e Índia são os mercados onde a EDP, em 'joint'venture' com a francesa ENGIE, vê grande potencial para desenvolver projetos de energia eólica 'offshore' nos próximos 10 anos.
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Economia Energia Eólica
Segundo as empresas, que anunciaram hoje em Londres a assinatura de um memorando de entendimento estratégico para criar uma 'joint-venture' (parceria) no segmento eólico 'offshore', fixo e flutuante, aqueles países e a Irlanda têm um potencial de 34 GW [gigawatt] de capacidade instalada até 2030.
Este valor está pouco abaixo do potencial de cerca de 40 GW de capacidade instalada que a EDP e ENGIE esperam dos mercados onde já estão a operar, ou seja, Reino Unido, EUA, França, Bélgica, Polónia e Portugal, nos próximos 10 anos.
Segundo a presidente executiva da francesa ENGIE, Isabelle Kocher, estima-se que o mercado global da energia eólica 'offshore' vá crescer dos atuais 22 GW de capacidade instalada para 154 GW/ano em 2030.
Pelo contrário, prevê-se que a tecnologia permita que o preço de custo - que em 2014 era de 150 euros por cada 'megawatt' (MW) por hora e que agora já é de de 60 euros - desça ainda mais, para menos de 50 euros em 2030.
Segundo os termos do acordo, a EDP e a ENGIE vão combinar os seus ativos eólicos 'offshore' até ao final do ano, o que implica que a EDP Renováveis (EDPR), subsidiária da EDP, vai ter de partilhar os projetos nos EUA e Polónia com a francesa, enquanto que esta vai contribuir com um projeto na Bélgica.
Iniciam com um total de 1,5 GW ['gigawatt'] em construção e 4,0 GW em desenvolvimento e têm o objetivo de atingir os cinco a sete GW de projetos em operação ou construção e cinco a 10 GW em desenvolvimento avançado até 2025.
No Reino Unido, França e Portugal já são parceiras, e o objetivo é desenvolver futuros projetos de produção de energia eólica 'offshore' em exclusividade.
De fora fica um projeto da EDPR com a Repsol, onde a Engie também é parceira, adiantou o presidente executivo da EDP, António Mexia.
Quanto ao envolvimento de outras empresas, Mexia salientou que será possível "apenas ao nível do projeto", mas admitiu parcerias "em partes do mundo onde seja necessário".
Nesse aspecto, referiu a possibilidade de o acionista principal China Three Gorges ser líder num potencial projeto na China.
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