Segundo a proposta aprovada por unanimidade, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, é indicada para a presidência da Assembleia-Geral da Metro do Porto, sucedendo no cargo Eduardo Pinheiro, que liderou a autarquia de Matosinhos após a morte de Guilherme Pinto.
Em representação da Área Metropolitana do Porto (AMP) para os órgãos sociais foram ainda nomeados o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, que mantém o cargo de administrador não executivo, o presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, e a vereadora do Pelouro dos Transportes, Fiscalização e Proteção Civil da Câmara do Porto, Cristina Pimentel, que também assumem funções não executivas.
Para o Conselho Fiscal, a AMP indicou como efetivo um elemento da Câmara Vila do Conde, cujo nome ainda não foi confirmado, e como suplente José Luís Ramos, da Câmara da Póvoa de Varzim.
"A minha proposta foi no sentido de manter os municípios que já tinham representação nos diferentes órgãos. Como mudaram os presidentes, fruto das eleições [autárquicas de 2017], deixou de ser o Eduardo Pinheiro e passou a ser a Luísa Salgueiro", explicou o presidente do CmP, Eduardo Vítor Rodrigues, na reunião de hoje daquele órgão.
Em declarações à margem da reunião, o presidente da Câmara de Gondomar, que já tinha manifestado a sua insatisfação durante a discussão deste ponto, contestou a decisão da tutela que estabelece que os nomes indicados têm de ser sujeitos a apreciação da Comissão de Recrutamento e Seleção da Administração Pública (Cresap).
"Estatutariamente a AMP nomeia três vogais não executivos para a Metro do Porto, para além da Assembleia-Geral e do Conselho Fiscal. Administradores que recebem zero, nem sequer direito a um Andante têm. Não é pelo valor, é pela questão simbólica. E agora, por indicação da tutela, temos de ser sujeitos à avaliação da Cresap", explicou.
Marco Martins sublinhou que não tem qualquer problema em ser avaliado, contudo, salientou: "Custa perder um dia de trabalho para ter que ir a Lisboa para uma coisa destas".
"Nós somos eleitos por nomeação dos 17 presidentes de câmara que representam milhares de pessoas e que, por sua vez, indicam três administradores. E, portanto, corremos o risco, teoricamente, dos técnicos da Cresap porem em causa a decisão de milhares de pessoas", concluiu.
A Assembleia-Geral da Metro do Porto está marcada para as 15:00 do dia 31 de maio, tendo como um dos pontos da ordem de trabalhos, a eleição "dos órgãos sociais para 2019-2021".
A empresa está sem presidente do Conselho de Administração desde fevereiro, quando Jorge Delgado, que liderava a Metro do Porto desde 2016, tomou posse como secretário de Estado das Infraestruturas.
Com oito pontos na ordem de trabalhos, a AG da Metro do Porto prevê ainda a apreciação sobre o Relatório de Gestão e Contas de 2018.