O ministro das Finanças, Mário Centeno, salientou, esta segunda-feira, o investimento que tem sido feito no Sistema Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente ao nível de recursos humanos, congratulando-se com o excedente orçamental de 0,4% que foi registado nos primeiros três meses do ano.
"Nunca tivemos tantos médicos no SNS, nunca tivemos tantos enfermeiros no SNS, essa é a garantia que vos posso dar, num dia em que o saldo orçamental mostra a vitalidade da Administração Pública”, disse o ministro das Finanças, numa conferência de imprensa com os jornalistas.
Estas declarações respondem, assim, ao panorama traçado pela Ordem dos Médicos nos últimos dias, que aponta para a falta de profissionais em várias unidades hospitalares. Também Luís Marques Mendes disse, no domingo, que o SNS está hoje "pior" do que estava no "tempo da troika".
O SNS foi, aliás, um dos temas predominantes no discurso de Centeno, a par do investimento no setor dos transportes. "É um esforço orçamental ímpar nas últimas décadas", salientou o ministro português.
Portugal registou um excedente de 178,5 milhões nos primeiros três meses do ano, valor que equivale a 0,4% do produto interno bruto (PIB), de acordo com os dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatísticas.
"Estes resultados estão em linha com o compromisso do Governo de fazer uma gestão rigorosa das contas públicas de modo a assegurar a sua sustentabilidade, num contexto de reforço do emprego e investimento públicos com vista a assegurar a qualidade dos serviços públicos", refere o Ministério das Finanças, em comunicado.
Sobre a melhoria dos resultados, o Executivo aponta a "dinâmica da economia e o esforço de investimento e melhoria dos serviços públicos concretizado ao alongo da presente legislatura". E mais, o excedente surge como resultado de um "aumento de 6,2% da receita total, dos quais 5,1% da receita fiscal,e um aumento de 2,6% da despesa total".