No dia em que se soube que Portugal registou um excedente orçamental de 0,4% do PIB até março e já depois de Mário Centeno ter dado explicações numa conferência de imprensa realizada ao final da manhã, o ministro das Finanças regressou à antena da televisão para abordar a mesma questão.
Desta feita, na antena da TVI, Mário Centeno mostrou-se convencido de que o “SNS é hoje melhor do que era em 2015”. “Não tenho nenhuma dúvida sobre isto”, asseverou, lembrando que o “pessoal na Saúde tinha sido reduzido antes desta legislatura”.
“O que eu sei hoje e posso garantir é que a Saúde tem hoje mais 1.600 milhões de euros por ano em recursos financeiros que foram, ao longo destes quatro anos, aplicados em pessoal”, vincou.
E sobre este valor aplicado na Saúde, o ministro reiterou que são “1.600 milhões por ano que não podem ser despesa em vão e não são”.
Ainda assim, e pese embora os resultados positivos, Centeno defende que “o país precisa de continuar nesta trajetória de redução do endividamento e da estabilização financeira”, pois “só isso trará no futuro o crescimento económico que hoje observamos noutros países”.
Mais especificamente sobre o excedente orçamental, o também presidente do Eurogrupo – tema que atirou para setembro –, frisou que a “credibilidade que traz não tem paralelo na história recente de Portugal” e lembrou que são estes resultados que permitem ao país “pagar cada vez menos juros pela nossa dívida”.
Antes de terminar a sua entrevista na antena da estação de Queluz, o ministro referiu-se ainda aos benefícios fiscais existentes que são, atualmente, mais de 540. “Há muitos benefícios que hoje existem para subsidiar empresas que não precisam”, atirou, garantindo que é objetivo do Governo alterar esta situação.