"A fábrica está a produzir normalmente, com o turno a funcionar até às 15:00, como era esperado, a não ser que aconteça alguma coisa, entretanto, mas acreditamos que não, uma vez que temos um turno completo a cumprir a produção pretendida para hoje", assumiu à agência Lusa fonte da direção da PSA/Peugeot/Citroën de Mangualde.
A greve iniciou-se às zero horas de hoje e contou com a "adesão de cerca de 100 trabalhadores", confirmou à agência Lusa o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Norte (SITE-Centro Norte).
Telmo Reis afirmou estar "muito contente", apesar de reconhecer que a empresa "está a laborar normalmente, porque foram buscar trabalhadores a outros turnos" e "houve quem prolongasse o turno, ou seja, alguns que deveriam ter saído às 07:00, ficaram a trabalhar até às 15:00".
"Houve uma boa adesão, para uma primeira vez, uma primeira greve, estamos muito contentes, acho que foi um resultado muito positivo, tendo em conta que aderiram cerca de 100 trabalhadores num universo de cerca de 300 que tem cada turno", considerou o sindicalista.
Depois do pré-aviso de greve, na terça-feira, Telmo Reis foi chamado à direção para negociar o seu levantamento, "só que a proposta era para só negociar no final do ano" o que não foi aceite, porque, segundo explicou, "as coisas estão a passar-se agora, é agora que têm de ser resolvidas e não no final do ano".
Na base da greve está "o fim da bolsa de horas, a garantia da manutenção de dois dias de descanso consecutivo, garantir a não realização de mais de oito horas diárias de trabalho e o fim da perseguição, chantagem, pressão e repressão", afirmou Telmo Reis, que considerou que "já foram ultrapassados os limites do razoável".
Cada turno na PSA/Peugeot/Citroën em Mangualde tem, em média, cerca de 300 trabalhadores e, segundo o sindicalista, o pensamento já está "no próximo sábado, para uma nova greve", uma vez que "assim acontecerá em todos os sábados até ao final do ano".