Orey Antunes adia pagamento de juros de obrigações para julho de 2020
Os acionistas da Orey Antunes, reunidos hoje em assembleia-geral, aprovaram o adiamento da data de vencimento e pagamento de juros das obrigações para 08 de julho de 2020, foi hoje comunicado ao mercado.
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De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM), foi aprovado com 76,5% dos votos este ponto único da assembleia, ficando assim adiada a "data de vencimento e pagamento de juros das obrigações de 08 de julho de 2019 para 08 de julho de 2020, sem qualquer penalização para a emitente" e reconhecido que "o facto de a emitente não efetuar o pagamento de juros nos 14 dias posteriores ao dia 08 de julho de 2019 não constitui um 'event of default'" (situação de incumprimento).
Em causa está uma emissão de até 30 milhões de euros em obrigações.
Inicialmente, a Orey Antunes incluiu um ponto na convocatória da assembleia-geral para "deliberar sobre o estabelecimento de um direito de a emitente adiar, por uma ou mais vezes, a data de vencimento e de pagamento de juros das obrigações para qualquer data futura (desde que seja uma data de pagamento de juros) até à data de vencimento das obrigações (08 de Julho de 2031) sem qualquer penalização".
No entanto, num comunicado mais recente, de 11 de julho, o grupo informou que este ponto tinha sido retirado, na sequência de um requerimento apresentado pelo Conselho de Administração da sociedade, ficando apenas para discussão o alargamento do prazo de pagamento por um ano.
Alguns dias antes, no dia 04 de julho, a Orey Antunes tinha indicado o mercado de que a data da reunião tinha sido adiada para dia 22 de julho, visto que "o número de certificados comprovativos da qualidade de obrigacionistas recebidos pelo presidente da mesa, até ao termo do prazo previsto na convocatória da assembleia-geral de obrigacionistas publicada em 13 de junho de 2019, não é suficiente para perfazer a percentagem exigida para o quórum constitutivo da assembleia-geral de obrigacionistas, em primeira convocação", que estava marcada para 06 de julho.
O grupo tem passado por dificuldades financeiras, que o levaram a adiar a apresentação se resultados referentes a 2018.
O grupo acabaria por publicar um relatório não auditado no passado dia 11 de julho, com um prejuízo, atribuível aos detentores de capital, de 9,57 milhões de euros, um agravamento de 368% face a 2017.
A empresa destacou, no entanto, na altura, que o resultado líquido das atividades em continuação foi positivo em 2,5 milhões de euros, uma redução, ainda assim, de 57%, face ao ano anterior.
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