Taxa para Portugal "sobreviver" deve ser inferior a 4,5%

O economista José Silva Lopes afirmou hoje que a taxa de juro sugerida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, para evitar um segundo resgate é o máximo "tolerável" e defendeu até que o limite devia ser mais baixo.

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Lusa
12/11/2013 12:24 ‧ 12/11/2013 por Lusa

Economia

Silva Lopes

"Aquilo que [Rui] Machete disse pode não ser conveniente do ponto de vista diplomático, mas aquilo é o máximo de taxa de juro tolerável, até acho que devia ser mais baixo", salientou, acrescentando que "Portugal não tem a mínima chance de sobreviver com taxas de juro de mercado".

Silva Lopes, que falava na conferência anual da Ordem dos Economistas sobre o Orçamento do Estado para 2014, realçou que "a solução [no pós-troika] é tentar viver com o programa cautelar" que consistirá numa "espécie de garantia do Banco Central Europeu" para permitir obter um nível de taxas de juro "mais tolerável"

O economista defendeu ainda que a zona euro devia adotar regras rígidas com os países que apresentem 'superavit' (como a Alemanha) e não penalizar apenas os países com défice orçamental.

Silva Lopes criticou também a política "suicida" da União Europeia e considerou que a continuação da austeridade leva ao "caminho do abismo", defendendo "alguma federalização das finanças" e a mutualização da dívida.

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