"Aquilo que [Rui] Machete disse pode não ser conveniente do ponto de vista diplomático, mas aquilo é o máximo de taxa de juro tolerável, até acho que devia ser mais baixo", salientou, acrescentando que "Portugal não tem a mínima chance de sobreviver com taxas de juro de mercado".
Silva Lopes, que falava na conferência anual da Ordem dos Economistas sobre o Orçamento do Estado para 2014, realçou que "a solução [no pós-troika] é tentar viver com o programa cautelar" que consistirá numa "espécie de garantia do Banco Central Europeu" para permitir obter um nível de taxas de juro "mais tolerável"
O economista defendeu ainda que a zona euro devia adotar regras rígidas com os países que apresentem 'superavit' (como a Alemanha) e não penalizar apenas os países com défice orçamental.
Silva Lopes criticou também a política "suicida" da União Europeia e considerou que a continuação da austeridade leva ao "caminho do abismo", defendendo "alguma federalização das finanças" e a mutualização da dívida.