AO MINUTO: Greve dos motoristas desconvocada. Governo confirma reunião

A greve dos motoristas de matérias perigosas entra hoje no sétimo dia, com as atenções voltadas para um plenário de trabalhadores, que decorrerá esta tarde e que deverá decidir sobre a continuidade da paralisação.

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Sara Gouveia, Fábio Nunes, Filipa Matias Pereira e Natacha Nunes Costa
18/08/2019 14:20 ‧ 18/08/2019 por Sara Gouveia, Fábio Nunes, Filipa Matias Pereira e Natacha Nunes Costa

Economia

Greve de motoristas

A greve dos motoristas de matérias perigosas chega ao sétimo dia e o entendimento entre motoristas e patrões ainda não foi possível ser alcançado. Este domingo, as atenções voltam-se para o plenário de trabalhadores que decorre durante a tarde, em Aveiras de Cima, depois de o acordo mediado pelo Governo numa reunião que durou cerca de 10 horas, e que terminou na madrugada de sábado, ter falhado.

Já durante o dia de ontem a ANTRAM disponibilizou-se para integrar um processo de mediação, afirmando ser convicção da "associação que um processo de mediação, realizado em clima de paz, poderá conduzir à solução do problema".

De seguida, o porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, disse ver com agrado a disponibilidade da associação, mas ressalvou ser necessário que a base de entendimento já debatida seja aceite.

A greve começou na segunda-feira, 12 de agosto, por tempo indeterminado, para reivindicar junto da Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

Acompanhe, ao minuto, os desenvolvimentos mais recentes da greve: 

22h40 - Luís Marques Mendes não tem dúvidas que o grande derrotado da greve dos motoristas que, este domingo, ao sétimo dia, terminou, é o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), cujo porta-voz e vice-presidente é Pardal Henriques.

Durante o seu espaço de comentário semanal na SIC, Marques Mendes afirmou que a decisão de desconvocar a greve foi uma “boa” mas, garantiu, o sindicato também “não tinha alternativa”, pois estava “muito enfraquecido, muito fragilizado, muito isolado”.

22h21 - O primeiro-ministro visita na segunda-feira de manhã a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) para avaliar as condições para declarar o fim da crise energética e convocar o Conselho de Ministros para esse efeito.

21h31 - A Antram congratulou-se com desconvocação da greve pelo sindicato dos motoristas de matérias perigosas, manifestando-se disponível para ouvir as suas "reivindicações legítimas", mas dentro do suportável pelas empresas de transporte.

21h17 - O primeiro-ministro, António Costa, saudou hoje a desconvocação da greve dos motoristas de matérias perigosas, formulou "votos de sucesso para o diálogo" entre sindicato e associação patronal Antram e congratulou-se com o "elevado civismo" dos portugueses durante a paralisação.

20h35 - Eis a cronologia da greve que terminou ao sétimo dia

20h22- O Governo confirmou, após a desconvocação da greve pelo sindicato de motoristas de matérias perigosas, que irá realizar uma reunião na terça-feira, no Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa.

19h43 - O SNMMP decidiu esta tarde desconvocar a greve dos motoristas para reiniciar negociações, depois de sete dias de protestos. A decisão foi tomada na tarde deste domingo, depois de três horas de plenário.

Contudo, o presidente do sindicato, Francisco São Bento admitiu, à saída do plenário, que se realizou em Aveiras, que, "caso a ANTRAM demonstre uma postura intransigente na reunião do próximo dia 20 de agosto" o SNMMP volta a convocar uma greve.

19h23 - Os 'stocks' de gasóleo e gasolina "mantêm-se estáveis e elevados" hoje, apesar de ser altura de mudança de quinzena, em que há um aumento significativo do consumo, indicou hoje o Ministério do Ambiente e da Transição Energética.

17h00 - Antes do plenário começar, uma das primeiras pessoas a chegar foi o coordenador do Sindicato Nacional de Matérias Perigosas do Norte (SNMMP). Aos jornalistas este coordenador disse que por ele "a greve mantém-se".

16h58 - O plenário já começou e realiza-se à porta fechada. Apesar da meia hora de atraso, estão reunidos mais de 100 motoristas de todo o país.

16h03 - Início do plenário está atrasado. As principais figuras do SNMMP ainda não chegaram ao local, indica a RTP 3. 

14h20 - Governo admite reunião com sindicato dos motoristas de matérias perigosas e a associação patronal, na próxima terça-feira, dia 20, mas apenas se o plenário da estrutura sindical, que decorre esta tarde, decida desconvocar a paralisação. A acontecer, o encontro negocial terá lugar no Ministério das Infraestruturas e Habitação, pelas 16h.

12h15 - O ministro do Ambiente e da Transição Energética apelou, durante a conferência de imprensa ao início da tarde, que "a greve chegue ao fim" e referiu que o comunicado da ANTRAM emitido ontem "foi bom sinal". Matos Fernandes garantiu ainda que o Governo "tem toda a disponibilidade" para mediar as negociações entre o sindicato de motoristas de matérias perigosas e os patrões e que estão disponíveis para se reunir já na segunda-feira.

12h - Governo fará o ponto da situação do sétimo dia da greve dos motoristas às 12h15.

8h - Portugal continua a viver uma crise energética, por isso importa verificar os postos que já não têm capacidade para abastecer. De acordo com a plataforma 'Já não dá para abastecer' da VOSTPortugal, há quase há 457 postos de abastecimento sem gasolina, 659 sem gasóleo e 60 sem GPL. A região litoral continua a ser a mais afetada.

7h -  Este é o sétimo dia de greve e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e a ANTRAM continuam sem chegar a acordo. Esta tarde, está marcado um plenário de trabalhadores para as 16h, em Aveiras de Cima, onde deverá ser decidida a continuidade da paralisação.

Durante o dia de sábado os patrões anunciaram estar disponíveis para integrar um processo de mediação junto da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho e apelaram a um regresso à mesa das negociações com os motoristas. 

O apelo foi recebido com agrado pelo porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, que ressalvou, no entanto, ser necessário que a base de entendimento já debatida seja aceite.

[Notícia em atualização]

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