Risco de recessão? Governos e bancos centrais preparam estímulos
Os bancos centrais e os governos dos vários países estão a preparar planos para lidar com a possibilidade de existir uma nova crise.
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Economia Recessão
Os riscos de estar a caminho uma nova crise começam a ser visíveis. Por este motivo, governos e bancos centrais estão a preparar programas de estímulo orçamental, de modo a tentar contornar esses mesmos riscos.
Na segunda-feira, por exemplo, o banco central da Alemanha, o Bundesbank, admitiu que a economia do país pode entrar em recessão a partir do terceiro trimestre do ano, depois da contração já registada no segundo trimestre.
Isto porque o Bundesbank prevê que o PIB alemão "pode continuar a cair ligeiramente" no terceiro trimestre, ou seja, entre julho e setembro. A confirmar-se, será o segundo trimestre consecutivo de contração da economia alemã. De recordar que a recessão técnica consiste em dois trimestres consecutivos de contração.
A Alemanha, como se sabe, é o 'motor' da economia da zona euro, o que significa que isto pode ser uma ameaça para os restantes países, conforme escreve o El País, por causa do risco de propagação.
Vários são os riscos externos que têm vindo a ser apontados, mas os dois mais fortes são a possibilidade de existir uma guerra comercial e, ainda, a saída do Reino Unido da União Europeia, processo conhecido como Brexit.
Perante este cenário, a Alemanha diz-se pronta para injetar 50.000 milhões na economia, enquanto vários responsáveis do Banco Central Europeu (BCE) já admitiram a possibilidade de implementarem um novo 'pacote' de estímulos já em setembro.
Fora do velho continente, também os EUA e a China têm estado a avaliar medidas para contornar a desaceleração da economia.
Incerteza é a palavra do momento
Nenhum especialista consegue precisar, ao certo, o que é que está por vir, ou seja, se é uma tempestade de verão ou um ciclone da Amazónia, descreve o jornal espanhol.
"Este ano, a zona euro é o exemplo perfeito da Lei de Murphy, tudo o que podia dar errado está a dar errado", escreve o El País, citando um relatório do Bank of America e do Merrill Lynch Global Research.
"Em vez de um verão calmo, estamos a enfrentar uma tempestade perfeita com um aumento da incerteza, com dados económicos fracos, sinais de deterioração e preocupação política ao nível nacional e internacional", acrescenta.
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