Reunião do G7 será "extraordinariamente difícil"
O presidente do Conselho da União Europeia (UE), Donald Tusk, disse que a cimeira das grandes potências industriais (G7) que começa hoje em Biarritz (França) será uma reunião "extraordinariamente difícil".
© Reuters
Economia Donald Tusk
Numa conferência de imprensa antes do início do encontro, Tusk alertou em particular contra as guerras comerciais, advertindo que conduzirão à recessão global.
Ameaças são também as alterações climáticas e a tecnologia que se desenvolve mais rapidamente do que a capacidade de a regular, adiantou.
Para o presidente do Conselho Europeu, este poderá ser o último momento para restaurar a unidade entre os países do G7.
A economia mundial, com sinais de uma possível recessão e com a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, será um dos temas mais importantes da cimeira.
"As guerras comerciais conduzirão à recessão, enquanto os acordos comerciais impulsionam a economia", disse Tusk.
Indicou, a propósito, que a UE ripostará se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decretar novas taxas alfandegárias sobre o vinho francês em represália pela imposição de impostos aos gigantes digitais norte-americanos.
"Protegerei o vinho francês com uma determinação sincera (...) Se os Estados Unidos impuserem taxas, então a União Europeia responderá no mesmo plano", declarou.
Advertiu ainda ser pouco provável uma ratificação do acordo comercial entre a UE e o bloco regional do Mercado Comum do Sul (Mercosul) se a Amazónia continuar a arder.
"Claro que apoiamos o acordo UE/Mercosul (...), mas é difícil imaginar um processo de ratificação enquanto o governo brasileiro permitir a destruição da Amazónia", disse.
Os fogos florestais que estão a devastar a Amazónia impuseram-se à última hora na agenda da cimeira, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, a evocar uma "crise internacional" e a pedir aos países do G7 "para falarem desta emergência" na reunião.
O programa inicia-se com um jantar, hoje, e termina com uma conferência de imprensa final, na segunda-feira à tarde.
Além das divergências em relação ao comércio mundial, as posições diferentes sobre temas como o Irão e o 'Brexit' devem marcar também a cimeira dos sete -- França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão.
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