"Estamos a analisar não só o impacto sobre a localização dos bancos, como a exposição dos bancos da zona do euro aos riscos que decorrentes do 'Brexit'", disse o presidente do Conselho de Supervisão do BCE, Andrea Enria, na Comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu.
Andrea Enria referiu ainda que no âmbito da estabilidade financeira do BCE "estão a realizar-se todo o tipo de simulações e de testes de stress", para ver como os diferentes efeitos poderão ser assumidos.
"Se virmos uma avaliação um pouco estática, a conclusão [que tiramos] é que ela dever ser gerível", disse o mesmo responsável do BCE.
Todavia, advertiu que no caso de se combinarem alterações comerciais, situação macroeconómica e outras mudanças possíveis, "estamos conscientes que temos de ser cautelosos quanto aos riscos".
Se, como prometeu o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em 31 de outubro o Reino Unido deixar a União Europeia (UE) e não se chegar antes a um acordo para a sua saída ordenada, o Reino Unido converter-se-á automaticamente num país terceiro e "toda a legislação comunitária deixará de aplicar-se no seu território de forma abrupta", lembrou o responsável do banco central.
A União Europeia e os Estados-membros estão a desenvolver planos de contingência para serem aplicados no caso de uma Brexit sem acordo para que haja "o menor impacto possível", salientou o membro do BCE.