"Desde que foi conhecido o ataque às instalações petrolíferas sauditas e que condicionou a capacidade de produção de cerca de 5,7 milhões de barris diários de petróleo (que corresponde a 5% da oferta global), o preço do petróleo Brent subiu de 60,22 dólares (valor de fecho na sexta-feira) para 69,02 dólares (fecho na sessão de segunda-feira)", assegurou o organismo, num comunicado.
Paralelamente, a cotação do gasóleo subiu de 582,25 dólares para 644,25 dólares e o da gasolina de 573,50 dólares para 643,75 dólares, referiu a ENSE.
"Deste modo, neste curto espaço de tempo, o petróleo Brent subiu 14,61%, enquanto o gasóleo e a gasolina subiram, respetivamente, 10,65% e 12,25%", concluiu a entidade.
A ENSE garantiu que acompanha, em permanência, "a evolução do mercado petrolífero, quer no âmbito nacional, quer ao nível internacional" e deu conta da "reposição progressiva da normalidade na capacidade de exploração e operação de crude na Arábia Saudita".
De acordo com o organismo, "importa realçar que a formação dos preços de referência ENSE não depende apenas da evolução do custo desta matéria-prima" informando que "a evolução deste indicador publicado por esta Entidade teve uma evolução menos acentuada, tendo o preço de referência do gasóleo crescido 4,84% e o da gasolina 4,56%" no mesmo período.
A ENSE acredita, tendo em conta as últimas informações, que "há uma reposição progressiva da normalidade de produção nestas instalações afetadas (que deverão retomar o seu nível habitual de produção até ao final do mês)".
Assim, os mercado acabaram por se acalmar, não registando, "até ao momento, novas subidas acentuadas como as verificadas na passada segunda-feira", salientou a ENSE.
Um ataque com drones, no dia 14 de setembro provocou incêndios em duas instalações petrolíferas do gigante saudita Aramco em Abqaiq e Khurais na Arábia Saudita, obrigando este país, o maior exportador mundial de petróleo, a reduzir temporariamente a produção para metade.
No dia 16 de setembro, a ENSE adiantou que "dispõe de reservas estratégicas que podem ser mobilizadas para suprir uma falta eventual" e precisou que tem "à sua disposição 538,1 mil toneladas de crude em reservas físicas e 373,5 mil toneladas em tickets que representam direitos de opção sobre crude armazenado em Portugal e noutros países da União Europeia".