Mário Centeno, candidato a deputado do PS por Lisboa, abriu a sua intervenção do primeiro comício dos socialistas nesta campanha eleitoral, no pavilhão Carlos Lopes, com uma enorme ovação da plateia.
"Bem-vindos ao pavilhão que tem o nome de um enorme campeão português, Carlos Lopes, e bem-vindos ao Portugal que é campeão do crescimento, do emprego de qualidade e do bem-estar. Bem-vindos ao Portugal que não convida jovens a emigrar, ao Portugal que PSD e CDS desconhecem e, mais grave, negam", declarou o titular da pasta das Finanças.
Mário Centeno referiu-se depois aos mais recentes indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a evolução da economia portuguesa nesta legislatura, sustentando que ficou provado que o país cresceu bem acima da média europeia.
"Portugal ultrapassou cinco países na lista que a direita utiliza para desvalorizar as conquistas dos portugueses. Portugal cresceu mais do que a Espanha em 2017, 2018 e está a crescer mais também em 2019. Somos uma economia mais forte, com contas públicas certas e equilibradas", defendeu.
A seguir, passou ao ataque "à direita portuguesa que andava a clamar pela falta de crescimento".
"O crescimento voltou a Portugal com este Governo, voltou a Portugal com António Costa. Sabem qual a razão de a direita ter a fábula de haver uma folga de 15 mil milhões de euros em 2023? Porque o PS colocou Portugal no mapa do crescimento. Mas não há espaço orçamental sem crescimento económico e isso eles ainda não conseguiram compreender", afirmou o membro do Governo.
Na sua intervenção, com cerca de 12 minutos, Mário Centeno nunca se referiu diretamente ao Bloco de Esquerda ou ao PCP, mas advertiu que, após as eleições legislativas, "o caminho percorrido não pode ser posto em causa".
A maioria das críticas do ministro das Finanças foi dirigida ao PSD, quer por causa das dúvidas levantadas sobre a evolução do saldo da balança externa do país, quer por causa da promessa de redução de impostos.
"A direita dá-se ao luxo de prometer gastar o esforço dos portugueses numa nova temporada da série já conhecida chamada choque fiscal. Fá-lo em nome de uma ideologia cega e de má memória para os portugueses. O país não precisa de quem promete, mas sabe que não pode dar. Deixam-se fotografar com o diabo - e é como os portugueses dizem, diz-me com quem andas", comentou, provocando risos na plateia.