Um terço dos não residentes adquiriu casas por 500 mil euros ou mais

As compras de casas por não residentes atingiram em 2018 os 3,41 mil milhões de euros e mais de um terço deste valor foi usado para adquirir imóveis que custaram mais de 500 mil euros, indicou hoje o INE.

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Lusa
25/09/2019 17:01 ‧ 25/09/2019 por Lusa

Economia

Imóveis

 

Entre 2012 e 2018 o número de imóveis adquiridos por não residentes subiu de forma consecutiva e esta foi também a tendência do valor global das aquisições que, no ano passado, ultrapassou a barreira dos três mil milhões de euros, atingindo 3.408.487 milhões de euros.

De acordo com a informação hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), em 2018, mais de um terço (37,6%) do valor das aquisições de não residentes correspondeu a imóveis com valor unitário igual ou superior a 500 mil euros.

"Em 2018 aumentou a proporção de imóveis vendidos a não residentes com um valor unitário igual ou superior a 500 mil euros, representando 7,2% do número de imóveis adquiridos por não residentes e 37,6% do valor total", refere a autoridade estatística nacional. Um ano antes as casas de valor unitário acima dos 50 mil euros pesaram 6,8% no número e 36,3% no valor global.

O número e o valor dos imóveis com valor igual ou superior a 500 mil euros registaram um forte crescimento em 2013 tendo, nesse ano, mais do que duplicado face a 2012.

"Em 2014 esse crescimento acentuou-se, principalmente em valor, passando estes imóveis a representar quase metade do valor total dos imóveis adquiridos por não residentes nesse ano", indica o INE, acrescentando que "foi nestes anos que se iniciaram, em termos efetivos, as 'Autorizações de Residência em Portugal para Atividades de Investimento -- ARI', vulgarmente designadas por 'Vistos Gold'".

Em 2018 foram transacionados 242.091 imóveis em Portugal, entre urbanos, mistos e rústicos, (pelo valor global de 26.149.582 milhões de euros) do quais, 19.912 foram adquiridos por não residentes.

No total das aquisições dos não residentes, incluem-se 1.434 imóveis de valor unitário igual ou superior aos 500 mil euros.

De acordo com a informação disponibilizada pelo INE, a distribuição das aquisições pelo valor dos imóveis e país de residência do comprador, revela que foram os compradores oriundos da China que registaram o valor mediano mais elevado, de 297,2 mil euros, valor quase seis vezes superior ao observado no conjunto do mercado (53 mil euros).

 

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