Foi divulgado, na manhã desta quinta-feira, em Bruxelas o parecer do Parlamento Europeu em relação a Elisa Ferreira. A economista, revela a SIC Notícias, recebeu 'luz verde' para assumir o cargo de comissária europeia com a pasta da Coesão e Reformas no novo executivo comunitário liderado por Ursula von der Leyen.
Na audição, realizada quarta-feira perante a comissão de Desenvolvimento Regional da assembleia europeia (com a participação de eurodeputados das comissões de Orçamentos e de Assuntos Económicos e Monetários), Elisa Ferreira apresentou o seu plano de trabalho.
Dirigindo-se aos eurodeputados, na declaração inicial da sua audição, a comissária indigitada por Portugal apresentou as seis "tarefas fundamentais", algumas delas "urgentes", que a presidente eleita, Ursula Von der Leyen, lhe confiou, nomeadamente a necessidade de "um acordo célere" com a assembleia europeia para que os programas das pastas que tutela possam estar a "funcionar em pleno" desde o primeiro dia.
Para Elisa Ferreira, reformas e coesão têm de "trabalhar em conjunto" e reforçar-se uma à outra, não o contrário.
Reiterando várias vezes a sua intenção de trabalhar em cooperação próxima com o Parlamento Europeu, e de apresentar resultados práticos nos primeiros 100 dias no cargo, a comissária indigitada por Portugal propôs-se a promover o desenvolvimento sustentável de cidades e áreas urbanas, iniciando a discussão já em janeiro, no Cities Forum, na sua cidade natal, o Porto.
Enquanto comissária responsável pela Coesão e Reformas, a antiga ministra dos governos chefiados por António Guterres - primeiro do Ambiente, entre 1995 e 1999, e depois do Planeamento, entre 1999 e 2002- e antiga eurodeputada (2004-2016), quer dedicar uma "atenção particular" as regiões ultraperiféricas e comunicar aquilo que as pastas que irá tutelar já fizeram pelos cidadãos.
"O meu objetivo é visitar as regiões [...]. Para encorajar uma implementação mais rápida e melhor dos projetos e para que as comunidades saibam que ninguém é deixado para trás", uma preocupação expressou em outros momentos da sua intervenção de 15 minutos, na qual recordou o seu percurso profissional profundamente ligado à Coesão.