"Os principais donos da Airbus - Alemanha, França e Espanha - deviam negociar com os Estados Unidos para pôr fim a todos os subsídios atribuídos às construtoras de aviões civis", afirma Martin Braml, especialista em comércio internacional do instituto alemão.
"Agora, o fracasso de deixar de dar subsídios não apenas sobrecarrega o setor público, como também causa danos consideráveis à indústria de exportação europeia", defende o especialista.
Tendo em conta que a OMC decidiu em março passado que os Estados Unidos também subsidiavam ilegalmente a Boeing, há uma boa oportunidade de alcançar um acordo para eliminar completamente todos os subsídios, adianta o Ifo.
"A União Europeia (UE) deve primeiro esperar por novas decisões sobre a Boeing e não responder imediatamente com retaliações, pois isso desnecessariamente alimentaria conflitos comerciais", acrescenta Braml.
Recentemente, a OMC autorizou os Estados Unidos a imporem tarifas à Europa no valor de 7.500 milhões de dólares, em resposta aos subsídios que os Governos europeus concedem à Airbus.
As taxas aduaneiras dos Estados Unidos - que incluem, entre outras, tarifas de 10% para aviões e de 25% para produtos agrícolas - vão ser ativadas a partir de 18 de outubro.
A UE assegurou que se os Estados Unidos decidirem impor sanções comerciais adotará represálias e considerou esta adoção uma medida contraproducente.