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Expansão do Monte do Pasto pode passar também pela produção de suínos

O presidente da CESL Ásia, que comprou a Monte do Pasto, maior produtora portuguesa de carne de bovino, disse na terça-feira que investiu 37,5 milhões de euros no negócio, cuja expansão pode passar pela produção de suínos.

Expansão do Monte do Pasto pode passar também pela produção de suínos
Notícias ao Minuto

06:37 - 09/10/19 por Lusa

Economia Empresas

"A decisão ainda não está tomada" sobre como será feita a expansão da produção do Monte do Pasto, afirmou hoje António Trindade em declarações aos jornalistas, em Lisboa, à margem da cerimónia de apresentação da plataforma Portugal-Macau.

O grupo CESL Ásia - Investimentos e Serviços, adquiriu o Grupo Monte do Pasto, localizado nos municípios de Cuba e Alvito, no Alentejo, através das suas subsidiárias Focus Platform e Focus Agriculture.

O empresário admitiu que a produção de suínos, além da tradicional produção de bovinos, "é uma possibilidade", notando que a China "consome 60% a 70% de suínos do mundo e está a enfrentar uma peste suína africana muito grave."

António Trindade sublinhou, no entanto, que, podendo este cenário representar "uma oportunidade", tal não significa que se consiga fazer a produção de porcos no Monte do Pasto.

"Há muito para fazer, porque em Portugal não há explorações de suínos de grande tamanho", reconheceu, adiantando que "nos próximos quatro a cinco anos o Monte do Pasto vai gerar pelo menos entre 10 a 15 milhões de investimento".

"Como financiadores, estamos muito satisfeitos pelo facto de estarmos perante uma empresa hoje saudável e muito importante para o ecossistema da região. Porque ela corresponde também a um conjunto, na cadeia de valor, de mais de cem produtores, um importante suporte para o desenvolvimento de todo o gado bovino na região", salientou, por seu lado, o presidente executivo do Novo Banco, entidade financiadora do projeto de reestruturação da dívida e recuperação da Monte do Pasto.

A CESL Ásia integrou a equipa do Monte do Pasto, além de um ativo que compreende 3.700 hectares de terras agrícolas, usadas principalmente como pastagens.

Este ativo, porém, será desenvolvido e valorizado com atividades agrícolas adicionais, aproveitando as suas condições naturais e o acesso à água da barragem do Alqueva, disse a empresa quando divulgou, em comunicado, a compra da Monte do Pasto.

Assim, com o Monte do Pasto, "a CESL Ásia quer desenvolver uma plataforma Portugal-Macau que potencie as produções existentes, permita o lançamento de novas atividades agrícolas e pecuárias sustentáveis e contribua para o desenvolvimento de toda a região do Alentejo e da economia portuguesa", acrescentou, quando divulgou o evento de hoje.

O objetivo da CESL Ásia é ainda intensificar as exportações para os mercados de Macau e China e aproveitar as oportunidades a serem criadas pela plataforma de Macau para a cooperação social e económica entre China, Portugal e os países de língua portuguesa.

De acordo com o plano económico-financeiro delineado, a CESL Ásia prevê, até 2021, aumentar o seu volume de negócios para cerca de 70 milhões de euros, com 550 funcionários, dos quais mais de 100 baseados em Portugal.

"É, sem dúvida, o início de uma nova era no investimento de empresas privadas de Macau em prósperas empresas portuguesas. Cabe, também, ao CESL Asia Group consolidar a estratégia de crescimento e o caminho para a excelência na nossa Plataforma de Macau para financiamento, gestão e pperação de negócios na Grande Baía e nos países de língua portuguesa", disse António Trindade.

Segundo o empresário, "o acordo de cooperação estratégica em vigor entre a filial de Macau do Banco da China e o grupo CESL Ásia reveste-se de extrema importância, tendo o Banco da China demonstrado aceitação entusiástica e apoio firme relativamente à nossa estratégia de plataforma", acrescentou.

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