A papeleira notificou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) da sua decisão na segunda-feira.
"No seguimento do processo de reestruturação da sua dívida financeira levado a cabo nos últimos anos, e que resultou no reembolso em 2015 e 2016 das obrigações Portucel Senior Notes 5.375%, com vencimento em 2020, que haviam sido colocadas em mercado, e na contratação de novos financiamentos junto da banca nacional e internacional, com significativa redução de custos e extensão de maturidades, reestruturação que teve novo desenvolvimento no início de 2019, decidiu que não se justificava manter a notação de rating atribuída pela agências Standard & Poors e Moody's e os custos associados", lê-se na nota enviada à CMVM.
À data daquele anúncio, a S&P atribuía à Navigator o 'rating' de BB/Stable/B e a Moody's o de Ba2, uma perspetiva considerada estável.
O resultado líquido da Navigator atingiu 94,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, uma diminuição de 20,5% face aos lucros de 119,4 milhões no mesmo período do ano passado, divulgou a empresa a 24 de julho.
No relatório de demonstrações financeiras relativo ao primeiro semestre de 2019, a Navigator alertava que, de forma a "atenuar" impactos de "fatores exógenos, que afetaram o crescimento económico global" do grupo, iria dar "continuidade ao programa de redução de custos e excelência operacional M2, tendo também iniciado em abril o projeto Zero Based Budget, com o objetivo de definir e implementar um conjunto de iniciativas de redução de custos fixos (custos de funcionamento, despesas gerais e administrativas, e custos com pessoal das áreas não-industriais)".