"Com os dados quantitativos disponíveis relativos ao terceiro trimestre, essencialmente de julho e agosto, estima-se que o crescimento homólogo do PIB no terceiro trimestre tenha sido de 2,0% (0,4% em relação ao trimestre anterior), o que corresponde a uma ligeira aceleração do crescimento homólogo e a uma redução do crescimento em cadeia face ao registado no trimestre anterior", lê-se na Síntese de Conjuntura de outubro do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), no segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,8% em relação ao mesmo período de 2018 e 0,5% na comparação com o trimestre anterior.
Já para o crescimento do PIB no total do ano, o ISEG considera que "são agora mais prováveis" valores de crescimento económico entre 1,8% e 2% (estimativas feitas em setembro).
Ainda sobre o terceiro trimestre, baseando-se nos dados disponíveis, a Síntese de Conjuntura do ISEG refere que o "consumo privado não terá crescido mais do que no trimestre anterior, o mesmo se passando com a Formação Bruta de Capital Fixo [investimento], em que o setor da construção cresceu mais mas os restantes setores devem ter crescido menos".
Também considera que o crescimento da procura interna não deverá ter ultrapassado o do segundo trimestre, admitindo mesmo que poderá ter sido inferior.
Já o "contributo da procura externa líquida poderá ter sido menos negativo do que no segundo trimestre, uma vez que o crescimento do saldo negativo no comércio de bens abrandou nos dois primeiros meses do trimestre", considerando que o crescimento do PIB deverá "beneficiar com a evolução menos negativa desta componente".
Ainda segundo o ISEG, os empresários indicaram "um menor entusiasmo" no terceiro trimestre, tendo em conta indicadores económicos, enquanto os níveis de confiança dos consumidores subiram ligeiramente.