"Se quiser uma resposta, é plausível", respondeu Paulo Macedo, quando questionado se 250 milhões de euros era um montante plausível em termos de dividendos a distribuir ao Estado, acionista único do banco, no final do ano.
Paulo Macedo lembrou que o banco público "aprovou uma política de dividendos", em que a Caixa "deverá pagar ao acionista desde que cumpridos 10 requisitos", sendo que "este ano há uma diferença relativamente aos 10 do ano passado".
"No ano passado tinha que haver uma autorização prévia do BCE [Banco Central Europeu], e agora uma não oposição do BCE", algo que para o líder do banco público reflete a melhoria no cumprimento do plano de reestruturação acordado com as instituições europeias, nomeadamente a Direção-Geral de Concorrência (DGComp) da Comissão Europeia.
"Quando a Caixa paga dividendos, e bem, para devolver dinheiro aos contribuintes, é preciso que também haja aprovação do Conselho de Administração e que estes valores não ponham em causa os próprios valores que estamos obrigados a cumprir", nomeadamente em requisitos mínimos de capital, afirmou o presidente executivo da CGD, na conferência de imprensa, em Lisboa.
"Como alguém disse, pode-se fazer as contas e ver no que é que dá", disse Paulo Macedo, referindo-se à política de dividendos do banco público, acrescentando posteriormente que "é plausível" que o retorno ao acionista Estado supere os 250 milhões de euros em 2019.
Em 31 de maio, a assembleia-geral da CGD aprovou a entrega de 200 milhões de euros em dividendos ao Estado relativos ao exercício de 2018, sendo a primeira vez que o banco pagou dividendos desde 2010.