Estes dados constam no relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as Estatísticas dos Transportes e Comunicações de 2018, divulgado no final da semana passada.
"A componente de telecomunicações registou uma diminuição de 4,0% para 5,4 mil milhões de euros", lê-se no relatório sobre a redução do volume de negócios no setor das comunicações.
Embora os operadores de telecomunicações tenham registado uma quebra das receitas, o tráfego de voz com origem na rede móvel cresceu 4,2% em número de chamadas para 10,6 mil milhões.
"Em minutos, o crescimento foi superior (+5,9%) e atingiu 28,3 mil milhões", refere o INE, apontando que, no tráfego nacional, "há a destacar os aumentos nas ligações destinadas à rede móvel com prestadores diferentes (+8,6% em chamadas e +10,6% em minutos) e nas ligações à rede fixa (+14,1% e +16,5%, respetivamente)".
O tráfego internacional cresceu 20,8%, em minutos.
O volume de tráfego do acesso à Internet "continuou a crescer intensamente" em 2018, refere o relatório do INE, salientando que o número de acessos aumentou 5,9% em 2018 (tal como em 2017) para 3,8 milhões.
"Os acessos por fibra ótica continuam a crescer a um ritmo assinalável (+23,8%; +26,8% em 2017)", adianta, acrescentando que "o volume de tráfego associado ao acesso à Internet por banda larga atingiu 5,0 mil milhões de GB [Gigabyte], continuando a crescer de forma assinalável: +48,0%, após 34,1% em 2017 e +24,6% em 2016".
Também o número de subscritores do serviço de televisão por fibra voltou a subir no ano passado.
"O número de assinantes do serviço de televisão por subscrição voltou a acelerar o crescimento em 2018 (+3,7%; +0,5 pontos percentuais) e atingiu 3,9 milhões de assinantes", refere o INE.
"O serviço com tecnologia de fibra ótica (FTTH) foi o único a registar um aumento de subscritores (+22,8%; -2,5 pontos percentuais) e representou 41,4% do total, com 1,6 milhões de assinantes", adianta.
A televisão por cabo representava 34,1% do total de subscritores de televisão paga em 2018, seguida da televisão por satélite (DTH), com 12,7%.
No global, o setor das comunicações registou uma quebra de 3,1% do volume de negócios, para 6,3 mil milhões de euros, segundo os resultados preliminares do Sistema de Contas Integrada das Emrpesas (SCIE).