"Não. Não vou dar nenhuma garantia de que os impostos indiretos não sobem durante esta legislatura. Direi mesmo mais: não me comprometerei com um cêntimo que seja de benefício fiscal para diminuir a tributação sobre combustíveis fósseis quando o mundo tem de se mobilizar para um combate sem tréguas contra as alterações climáticas", prometeu António Costa, sublinhando que a carga fiscal em Portugal é de "37,2%" e "inferior à média da zona euro, que é de 41,7%".
Ventura tinha acusado o chefe do Governo de "número de ilusionismo" e lamentado que Portugal tenha atingido este ano a "maior carga fiscal de sempre".
O deputado da extrema-direita parlamentar afirmou também que António Costa teria sugerido que "os professores de Português que não tivessem colocação poderiam emigrar", invocando o facto de Portugal ter a sexta taxa de desemprego jovem mais elevada da União Europeia, e gerou protestos na bancada do PS.
"Creio que se confundiu com o primeiro-ministro que fez essa sugestão", limitou-se a responder o primeiro-ministro a Ventura, numa clara referência ao seu antecessor no cargo, o social-democrata Passos Coelho.
André Ventura confrontou ainda o chefe do executivo socialista com notícias sobre polícias que, alegadamente, terão tido de comprar material para o desempenho da sua profissão, como algemas, coletes antibala ou gás pimenta e as recentes agressões a bombeiros em Borba, classificando tais acontecimentos como uma vergonha para o Governo.
"Mude de informador porque o informador que usa é muito mau", retorquiu António Costa.
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