A posição foi assumida pela governante portuguesa, em declarações à agência Lusa, à margem da X reunião de ministros do Turismo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu hoje na cidade de São Filipe, na ilha cabo-verdiana do Fogo.
Segundo a governante, o plano de contingência definido anteriormente pelo Governo português para lidar com os cidadãos e turistas do Reino Unido "está em velocidade de cruzeiro" para a sua implementação, desde logo com "corredores via verde que estão prontos para serem iniciados nos aeroportos".
Também há protocolos definidos em Portugal para que o Serviço Nacional de Saúde seja extensível aos cidadãos do Reino Unido, após a saída da União Europeia.
"E estamos a tentar também que a carta de condução [de cidadãos do Reino Unido] seja reconhecida no contexto nacional", destacou.
O Reino Unido tinha previsto sair da União Europeia em 31 de outubro, mas acabou por aceitar um novo prolongamento até 31 de janeiro.
"Há um conjunto de medidas que já estão há bastante tempo a ser trabalhadas para que quando e se o processo do Brexit avançar nós estejamos perfeitamente preparados", assumiu.
Rita Marques acrescentou que apesar da incerteza geral provocada pelo processo do Brexit, o turismo do Reino Unido em Portugal cresceu 8% até agosto, face ao período homólogo de 2018.
"O que quer dizer que o Reino Unido ainda é um mercado importante", sublinhou.
A governante portuguesa acrescentou que foi notado, no início do Brexit, uma "hesitação" por parte dos turistas britânicos.
Mas, com o "desgaste do processo" e o "facto de estar a demorar tanto tempo a ficar resolvido, bem ou mal, nós não estamos a notar essa tensão", acrescentou.
Rita Marques sublinhou que o turista do Reino Unido é um dos que mais tempo de estadia tem em Portugal, assumindo o objetivo de, após Brexit, manter o peso do mercado britânico no contexto nacional.