Diretor-geral diz que Autoeuropa vai aumentar produção do T-Roc
A Autoeuropa atingiu na semana passada a maior produção anual de sempre, com 226.972 unidades, e continua a investir no aumento de produção do modelo T-Roc, revelou hoje à agência Lusa o diretor-geral da fábrica de Palmela.
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Economia Autoeuropa
"O volume de T-Roc vai continuar para já a ocupar a capacidade da fábrica, e estamos a mesmo a investir no aumento de capacidade deste modelo", disse Miguel Sanches, convicto de que, no último ano, o prestígio da fábrica de automóveis de Palmela no seio do grupo Volkswagen saiu reforçado, "pela forma como lidou com o lançamento do T-Roc, com o crescimento da fábrica e com os conflitos laborais".
Segundo Miguel Sanches, neste momento não só não está ainda a ser equacionada a produção de novos modelos na fábrica de Palmela como também ainda não há planos para o fabrico de veículos elétricos na unidade industrial de Palmela, no distrito de Setúbal.
"Estamos [Volkswagen] a começar com a produção de veículos elétricos em fábricas localizadas em mercados chave, para depois expandir à medida que o mercado crescer", justificou Miguel Sanches.
Num comunicado à imprensa hoje divulgado, a Autoeuropa, que atualmente produz os modelos Volkswagen T-Roc e Sharan e o Seat Alhambra, anuncia que "planeia terminar o ano com mais de 254.000 unidades produzidas (223.200 unidades em 2018)", o que coloca a fábrica de Palmela como "a quinta maior entre as 16 fábricas de veículos de passageiros da marca Volkswagen (exceto China) quanto a produção anual".
"No ranking das mesmas 16 fábricas, a Volkswagen Autoeuropa ocupa até ao momento o primeiro lugar da chamada race4Transformation, uma competição interna que avalia o cumprimento do programa diário de produção, a produtividade, os custos de fabricação e a qualidade nos clientes", acrescenta o comunicado, que sublinha também o contributo significativo da fábrica de Palmela "para que a produção automóvel nacional ultrapasse, pela primeira vez este ano, as 300.000 unidades".
Para Miguel Sanches, "este é o resultado de tudo o que foi planeado e executado naquele que foi o período mais desafiante da fábrica, depois do seu arranque há vinte e cinco anos".
"Tudo isto prestigia a nossa equipa, os nossos fornecedores, a região e o país no universo Volkswagen", frisou.
O diretor-geral da Autoeuropa não quer é ouvir falar de novos conflitos laborais no porto de Setúbal que coloquem em causa as exportações da empresa, como se verificou no final do ano passado, em que aquela infraestrutura portuária esteve praticamente paralisada de 05 de novembro a 14 de dezembro, devido ao protesto dos estivadores contratados à jorna, que representavam cerca de 90% da mão-de-obra disponível.
A paralisação do porto de Setúbal, principal porta de saída para as exportações da Autoeuropa, fez com que a fábrica de Palmela tivesse acumulado mais de 22.000 viaturas, que só seguiram para o seu destino depois de ter sido celebrado um acordo, em 14 de dezembro, entre os estivadores e os operadores portuários, que permitiu normalizar a atividade portuária.
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