As pensões mais baixas deverão registar um aumento de 0,74% no arranque do próximo ano, de acordo com os dados provisórios da inflação, divulgados pelo INE, esta sexta-feira. A variação média do Índice de Preços no Consumidor nos últimos 12 meses sem habitação foi de 0,24%, valor ao qual acresce 0,5% porque a economia cresceu mais de 2%.
O antigo ministro do Trabalho, Vieira da Silva, já tinha dito, em setembro, que a maioria das pensões teria um aumento acima da inflação no próximo ano, depois de o INE ter revisto em alta o crescimento económico.
No arranque deste ano, recorde-se, as pensões sofreram aumentos de entre 0,78% e 1,6% com base na inflação.
"Não conhecemos ainda qual será o valor da inflação, nem a dimensão dessa subida, mas o que é já seguro, com os dados que conhecemos, é que teremos um crescimento médio em dois anos superior a 2%, portanto teremos uma atualização das pensões, a maioria delas, acima da inflação", garantiu Vieira da Silva.
O governante relembrou que o INE reviu em alta o crescimento económico dos anos 2017 e 2018 e "quando isso acontece, como já aconteceu no ano passado e no outro ano [2017] [...] a grande maioria das pensões tem direito a uma subida acima do valor da inflação" e as restantes ao nível da inflação.
O diploma que define as regras de atualização das pensões e de outras prestações sociais prevê que se tenha em conta o crescimento médio anual do PIB dos últimos dois anos, terminados no terceiro trimestre, e da variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC), sem habitação, disponível em 10 de dezembro (ou em 30 de novembro, se aquele não estiver disponível à data da assinatura do diploma de atualização).