Sindicato acusa ALDI de "abusar da precariedade laboral" e marca protesto

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) convocou hoje protestos para quarta-feira junto a lojas ALDI em Vila Nova de Gaia, acusando esta cadeia de supermercados de "abusar da precariedade laboral".

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Lusa
12/12/2019 18:46 ‧ 12/12/2019 por Lusa

Economia

Supermercados

Numa nota enviada à agência Lusa, a CESP aponta que "a empresa ALDI ao longo de vários meses tem impedido o sindicato de realizar plenários e de contactar com os trabalhadores colocando em causa os direitos, liberdades e garantias dos mesmos, nomeadamente a liberdade sindical".

O sindicato também fala em "atropelos" e "precariedade laboral", referindo saber que "os trabalhadores da linha de caixa estão impedidos de se sentar não tendo sequer cadeiras ao seu dispor", o que, continua o relato do CESP, "põe em causa a saúde" dos funcionários.

"É inaceitável e vergonhoso que esta empresa, uma das maiores do país e membro da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição tenha comportamentos deste tipo que, ainda por cima, se aliam à prática de uma gestão de pessoal assente numa brutal exploração", lê-se no comunicado.

Para o sindicato está em causa o cumprimento de direitos de trabalhadores de uma cadeia de supermercados espalhados pelo país.

"A precariedade abunda no ALDI onde a maioria dos seus trabalhadores, embora estejam a ocupar postos de trabalho permanentes têm vínculos precários. Os trabalhadores e o CESP exigem o cumprimento do contrato coletivo de trabalho, o respeito pelos seus direitos, liberdades e garantias e o aumento de salário", acrescenta o sindicato.

Na sequência destas denúncias, o CESP decidiu realizar ações de protesto em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.

As iniciativas, que têm como objetivo sensibilizar "trabalhadores, clientes e população", estão marcadas para quarta-feira junto às lojas ALDI de Coimbrões e de Mafamude.

A agência Lusa tentou obter esclarecimentos junto da ALDI, mas até ao momento não foi possível.

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