Numa nota enviada à agência Lusa, a CESP aponta que "a empresa ALDI ao longo de vários meses tem impedido o sindicato de realizar plenários e de contactar com os trabalhadores colocando em causa os direitos, liberdades e garantias dos mesmos, nomeadamente a liberdade sindical".
O sindicato também fala em "atropelos" e "precariedade laboral", referindo saber que "os trabalhadores da linha de caixa estão impedidos de se sentar não tendo sequer cadeiras ao seu dispor", o que, continua o relato do CESP, "põe em causa a saúde" dos funcionários.
"É inaceitável e vergonhoso que esta empresa, uma das maiores do país e membro da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição tenha comportamentos deste tipo que, ainda por cima, se aliam à prática de uma gestão de pessoal assente numa brutal exploração", lê-se no comunicado.
Para o sindicato está em causa o cumprimento de direitos de trabalhadores de uma cadeia de supermercados espalhados pelo país.
"A precariedade abunda no ALDI onde a maioria dos seus trabalhadores, embora estejam a ocupar postos de trabalho permanentes têm vínculos precários. Os trabalhadores e o CESP exigem o cumprimento do contrato coletivo de trabalho, o respeito pelos seus direitos, liberdades e garantias e o aumento de salário", acrescenta o sindicato.
Na sequência destas denúncias, o CESP decidiu realizar ações de protesto em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
As iniciativas, que têm como objetivo sensibilizar "trabalhadores, clientes e população", estão marcadas para quarta-feira junto às lojas ALDI de Coimbrões e de Mafamude.
A agência Lusa tentou obter esclarecimentos junto da ALDI, mas até ao momento não foi possível.