Bolsas europeias seguem negativas com tensões no Médio Oriente

As principais bolsas europeias estavam hoje negativas, com os investidores preocupados com o aumento das tensões no Médio Oriente, depois do Irão ter avisado que não irá cumprir os compromissos do acordo nuclear de 2015 assinado com as potências mundiais.

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Lusa
06/01/2020 09:19 ‧ 06/01/2020 por Lusa

Economia

Bolsas europeias

Cerca das 8h30 em Lisboa, o EuroStoxx 600 recuava 0,95% para 414,36 pontos.

As bolsas seguiam em baixa entre os 0,64 de Londres e os 1,53% de Frankfurt.

A bolsa de Lisboa mantinha a tendência negativa e recuava 1,07% para 5.185,09 pontos.

No sábado, a NATO anunciou que suspenderia as operações de treino no Iraque após a morte do general iraniano Qassem Soleimani durante um ataque norte-americano a Bagdad, no Iraque, na sexta-feira.

A missão da NATO no Iraque, que tem algumas centenas de militares, treina as forças do país desde outubro de 2018, a pedido do Governo iraquiano, para impedir o retorno do Estado Islâmico (EI).

O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras oito pessoas.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Donald Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas --- Rússia, França, Reino Unido, China e EUA --- mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.

No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.

O crude Brent, de referência na Europa valorizava-se 1,5% face a sexta-feira e trocava-se a 1,575 dólares, em níveis de abril de 2013.

 

 

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