Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, a Ascendi, concessionária da A41, explicou que os pórticos mantêm o funcionamento normal, mas que "de acordo com a determinação da Infraestruturas de Portugal quem apenas entrar e sair da A41, para contornar o corte de via da ex-N13 no sentido sul/norte, não será taxado com portagens".
"A isenção é aplicada automaticamente pelo sistema às passagens a partir das 12 horas de dia 20 de janeiro [que corresponde ao dia após o aluimento do piso da antiga EN13], aos veículos que apenas entrarem e saírem da A41 para contornar o corte de via da exN13 no sentido sul/norte", lê-se na nota remetida à Lusa.
A Ascendi especifica que "os pórticos em causa são os localizados no sublanço EN13 - Zona Industrial da Maia, um no sentido poente/nascente [pórtico EN14 O/E] e o outro no sentido nascente/poente [Pórtico EN13 E/O]".
A antiga EN13, localizada no concelho da Maia, no distrito do Porto, sofreu um aluimento de piso no domingo, dia 19.
A estrada teve de ser fechada ao trânsito, tendo a Câmara da Maia divulgado um comunicado no qual explica que o desvio no sentido norte/sul deve ser feito pela rua da Ponte de Moreira até à Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Ponte de Moreira, enquanto no sentido sul/norte os condutores têm a A41 como alternativa.
Na segunda-feira seguinte ao aluimento, a Câmara da Maia garantiu que os automobilistas que necessitassem de usar A41 como alternativa teriam isenção de portagens, no entanto os pórticos nesse troço nunca chegaram a ser desligados.
"O presidente da Câmara da Maia [António Silva Tiago] conseguiu sensibilizar o Governo e o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, comprometeu-se a articular com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e com a concessionária as medidas necessárias para garantir que, o mais rapidamente possível, todos aqueles que são utilizadores habituais da EN13 e que agora se encontram sem alternativa, possam fazer o desvio utilizando a A41 sem terem que pagar os custos desse desvio", referia o comunicado divulgado pela autarquia na semana passada.
As obras na EN13, que está fechada nos dois sentidos, deverão demorar cerca de um mês, de acordo com dados da autarquia.
A obra envolverá "a colocação de conduta em betão armado reforçado, à posterior compactação e estabilização do solo e pavimentação definitiva", acrescentou a Câmara da Maia, garantindo que vai optar por uma solução "resistente e duradoura", prevendo-se que esta passe por canalizar a linha de água por uma conduta de betão armado reforçado com cerca de dois metros de diâmetro.
O colapso do piso da antiga EN13 aconteceu num troço em que a infraestrutura tinha componentes de 'armco', uma solução de chapas metálicas que era comummente usada há cerca de 20/30 anos.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador do Colégio de Engenharia Civil da Ordem dos Engenheiros - Região Norte, Bento Aires, especialista em reabilitação urbana, defendeu como "urgente" que "todas as entidades despertem para o risco real de segurança que a solução antiga ['armco'] representa".