A OMS declarou hoje que a epidemia de pneumonia viral chinesa, que já se estendeu a várias regiões do mundo e tem um balanço de vítimas mortais de pelo menos 170 só na China, constituía uma urgência internacional.
A agência da ONU não recomendou, porém, a aplicação de restrições aos movimentos de bens e pessoas através do mundo.
O anúncio da OMS permitiu aos principais índices nova-iorquinos, que estavam em baixa até à sua divulgação, recuperar no final da sessão.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,43%, para os 28.859,44 pontos.
Apesar de mais fracos, os ganhos dos outros índices não deixaram de ser ganhos: o tecnológico Nasdaq progrediu 0,26%, para as 9.298,93 unidades, e o alargado S&P500 valorizou 0,31%, para as 3.283,66.
Além deste fator de alívio, os índices também beneficiaram da divulgação de uma série de resultados trimestrais que, na sua maioria, foram positivos.
A Tesla, que exibiu na quarta-feira uma forma deslumbrante, terminou com um ganho de 10,30%. Das informações que divulgou destacou-se a intenção de vender mais de meio milhão de viaturas em 2020, o que representa um crescimento anual de 36%.
O valor bolsista do fabricante de carros elétricos topo de gama é agora superior à soma do dos três principais construtores automóveis norte-americanos, a saber General Motors, Ford e Fiat Chrysler USA.
A Coca-Cola (+3,25%) viu, quanto a si, o seu lucro trimestral mais do que duplicar, graças a uma subida das suas vendas na América Latina e Ásia Pacífico.
A Microsoft, cujos resultados superaram em muito as expetativas dos investidores, valorizou 2,82%.
Ao contrário, a Facebook, que viu os custos dispararem, caiu 6,14%.
Também o grupo de logística UPS teve uma forte queda, de 6,7%, passando a integrar o grupo das previsões dececionantes para 2020.
"No seu conjunto, trata-se de resultados muito sólidos, em particular no setor tecnológico", observou Alan Skrainka, da Cornerstone Wealth Management.
Depois do fecho da sessão, a Amazon divulgou resultados acima das expetativas, o que se traduziu na valorização dos seus títulos, nas trocas eletrónicas, em cerca da 12%.
Nos indicadores, o crescimento do produto interno bruto nos EUA em 2019 baixou dos 2,9% registados em 2018 para 2,3%, segundo uma estimativa preliminar do Departamento do Comércio, divulgada hoje.