CGD estima entregar cerca de 300 milhões de dividendos ao Estado

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) estima entregar este ano ao Estado cerca de 300 milhões de euros em dividendos relativos às contas de 2019, acima dos 200 milhões relativos a 2018, divulgou hoje o presidente do banco.

Notícia

© Lusa

Lusa
31/01/2020 18:08 ‧ 31/01/2020 por Lusa

Economia

CGD

Em conferência de imprensa de apresentação de resultados de 2019 (lucro de 776 milhões de euros), em Lisboa, Paulo Macedo disse que, caso a percentagem de dividendos a atribuir ao acionista único da CGD, o Estado, seja idêntica à de 2018, "será um valor de cerca de 300 milhões [de euros]".

Na proposta de lei do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), o Governo tinha previsto um total de 705 milhões de euros de dividendos a receber da CGD e do Banco de Portugal em 2020 (relativos aos resultados de 2019), dos quais 237 milhões dizem respeito à Caixa.

"Com estes 300 milhões, a somar com os outros 200 [entregues em 2019, relativos a 2018], devolvemos ao Estado 500 milhões de euros dos 2.500 milhões que foram postos, em dinheiro, na Caixa", disse hoje Paulo Macedo aos jornalistas.

O gestor salientou que atualmente "a única diferença é que antes os dividendos só poderiam ser pagos se o BCE [Banco Central Europeu] autorizasse, e agora os dividendos podem ser pagos desde que apenas valide".

"É bastante diferente em termos de atitude perante os dividendos", destacou o presidente da CGD, que referiu também que o remanescente do processo de entrega do valor depende "do acionista [Estado]", "da análise" que o banco fizer e ainda das "contribuições para as reservas legais" que têm de ser pagas.

Paulo Macedo manifestou também o desejo de "devolver os outros 500 milhões de dívida subordinada do AT1 [emissão de 'additional tier 1', um tipo de capital] que a Caixa teve de contrair a uma taxa de 10,75%".

"Não porque possamos antecipar isto, mas porque podemos dizer que hoje temos uma maior certeza dessa devolução de capitalização, que como sabem não têm nada a ver com os contribuintes, mas não deixou de ser parte da capitalização", referiu.

 [Notícia atualizada às 19h37]

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas