Ao intervir na Assembleia Nacional, na primeira sessão parlamentar de fevereiro, e indicado pelo Movimento para a Democracia (MpD) no âmbito dos debates com ministros, o governante, que tutela a área da comunicação social em Cabo Verde, garantiu que a implementação do TDT "está a decorrer a um ritmo acelerado".
"Há TDT em 18 dos 22 municípios", afirmou o ministro, perante os deputados.
Abraão Vicente acrescentou que dos quatro municípios ainda sem cobertura de TDT, São Filipe e Brava estão já em fase de conclusão, para estar operacional "até finais de fevereiro, inícios de março".
Em agosto, em entrevista à Lusa, o presidente da Cabo Verde Broadcast (CVB), Luís Ramos, afirmou esperar o início do "apagão" analógico no país quando a cobertura da televisão digital ultrapassar os 90%.
Na ocasião, a taxa de cobertura da rede de TDT rondava os 75 a 80% da população. "Já é um dado importante e contamos até final do ano [2019] ultrapassar os 90% da cobertura", disse o presidente do conselho de administração da empresa responsável pela implementação e gestão de toda a infraestrutura de TDT em Cabo Verde.
Neste momento, o sinal analógico e o digital funcionam em simultâneo, mas Luís Ramos avançou que já estavam criadas as condições para avançar com o "apagão" analógico em várias ilhas.
Contudo, a falta de equipamentos suficientes no mercado, dando como exemplo o descodificador para que as pessoas possam ter os equipamentos compatíveis em casa, tem vindo a atrasar o início do apagão analógico, faseado.
Neste momento, a TDT tem oito canais de televisão e seis rádios à disposição dos cabo-verdianos, mas Luís Ramos garantiu à Lusa que a ideia é disponibilizar mais estações televisivas, sobretudo regionais, à semelhança do que já acontece com as rádios comunitárias.
Cabo Verde é um dos cinco países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que estão mais avançados em termos de implementação da TDT, conforme determinou a União Internacional de Telecomunicações (UIT).