Portugal e Reino Unido vão facilitar parcerias empresariais
Os governos de Portugal e do Reino Unido vão criar nas respectivas embaixadas uma plataforma para pôr em contacto empresas britânicas e portuguesas interessadas em parcerias nos países lusófonos, em particular Brasil e Angola, foi hoje anunciado.
© Reuters
Economia Secretários de Estado
Segundo David Lidington, secretário de Estado para os Assuntos Europeus britânico, mais de 200 Pequenas e Médias Empresas (PME) britânicas manifestaram junto da embaixada do Reino Unido em Lisboa interesse "em trabalhar com parceiros portugueses para entrar em mercados lusófonos, em particular o Brasil e Angola".
"As PME veem nestes mercados gigantescos, em Angola ou no Brasil, uma oportunidade interessante, mas não têm experiência. E as empresas portuguesas compreendem essa parte do mundo, falam a mesma língua, compreendem a cultura de negócio, e por isso são os parceiros perfeitos para as empresas britânicas interessadas em aventurar-se nesses mercados", disse à agência Lusa depois de um encontro em Lisboa com o homólogo português, Bruno Maçães.
Nesse sentido, e a par de seminários que a embaixada britânica em Lisboa tem estado a realizar, Lidington e Maçães decidiram hoje reforçar essa "área frutífera" e avançar para uma "plataforma concreta" que agilize os contactos entre empresas dos dois países.
"Queremos colocar as duas embaixadas (portuguesa em Londres e britânica em Lisboa) a trabalhar nesta nova plataforma, para que empresas dos dois países possam colaborar e criar projetos", disse Bruno Maçães, acrescentando que haverá "novidades brevemente" sobre essa matéria.
Depois de um encontro que ambos descreveram como muito centrado na discussão de vias para promover o crescimento, ao nível europeu mas também bilateral, Lidington anunciou por outro lado que, no âmbito de uma reestruturação, os serviços administrativos de várias embaixadas britânicas na Europa vão ser centralizados em Lisboa, o que permitirá criar 30 novos postos de trabalho no próximo mês.
O comércio, designadamente com economias emergentes, foi apontado pelo governante britânico como um dos eixos fundamentais para o regresso do crescimento e da competitividade da economia europeia.
"Focámos a nossa conversa na necessidade de a Europa regressar ao crescimento e à competitividade num mundo que está a mudar muito significativamente, com o poder a transferir-se para as potências emergentes e para a América Latina", disse, sublinhando a importância de um novo fôlego nas negociações para acordos comerciais entre a UE e os EUA, o Japão e os países do Mercosul.
"Penso que há nesta altura a consciência de que esta é uma via muito importante para a prosperidade dos nossos cidadãos", disse.
Os dois governantes referiram igualmente a importância de rever as regras da regulação na Europa, com Maçães a sublinhar a importância de uma "regulação inteligente", "mais dirigida aos objetivos para que foi criada" e que permita que deixem de ser as PME as empresas "que mais sofrem com o peso excessivo da regulação".
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