Segundo o Gabinete de Estatísticas chinês, os ganhos em janeiro e fevereiro fixaram-se nos 410,7 mil milhões de yuan (cerca de 53 milhões de euros).
A queda nos lucros da indústria na China agravou-se, depois de ter recuado 6,3%, em dezembro passado, antes do início do surto, e 3,3%, no conjunto de 2019, face ao ano anterior.
Para este indicador, as estatísticas chinesas consideram apenas empresas industriais com receitas anuais superiores a 20 milhões de yuan (2,5 milhões de euros).
Entre os 41 setores abrangidos pelas estatísticas do país, 37 registaram uma redução nos salários.
Entre os setores mais afetados destacaram-se a indústria de produtos eletrónicos (uma queda de 87%), automóvel (-79,6%), maquinaria (-68,1%) e indústria química (-66,4%).
O Gabinete justificou a queda nos lucros com a decisão do Governo de prolongar as férias do Ano Novo Lunar, que paralisou o país durante semanas.
As medidas de prevenção adotadas pelas autoridades chinesas incluíram restrições à movimentação de centenas de milhões de pessoas ou o encerramento forçado de estabelecimentos.
"O aumento dos custos espremeu os lucros das empresas durante a epidemia. O regresso ao trabalho e à produção não decorreu com normalidade, mas os custos e outros gastos mantiveram-se", acrescentou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, regista 81.340 casos (mais de 74 mil recuperados) e 3.292 mortes.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento