Jerónimo Martins desconvoca assembleia-geral agendada para dia 16
A Jerónimo Martins decidiu desconvocar a assembleia-geral de acionistas, que estava agendada para dia 16 deste mês, face às restrições impostas para travar a propagação da pandemia covid-19, foi hoje comunicado ao mercado.
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Economia Covid-19
"Determino a desconvocação da assembleia-geral anual designada para 16 de abril de 2020", lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A dona do Pingo Doce indicou ainda que "oportunamente" será emitida uma nova convocatória, tendo em vista a realização da assembleia-geral até ao dia 30 de junho.
Na base desta decisão está a prorrogação do estado de emergência até 17 de abril, a adoção de novas medidas restritivas, bem como o facto de vários acionistas terem demonstrado a intenção de participar presencialmente na reunião, embora tenham sido disponibilizadas outras alternativas.
Para o cancelamento da reunião foi ainda tido em conta que a "calamidade pública" tornou "especialmente difícil" aos acionistas e respetivos intermediários financeiros recolher e, quando necessário, formalizar a documentação para a credenciação e participação na assembleia.
Em 20 de fevereiro, foi comunicado à CMVM a intenção do Conselho de Administração da Jerónimo Martins propor à assembleia-geral de acionistas o pagamento de dividendos de 216,8 milhões de euros, o que corresponde a um valor bruto de 0,345 euros por ação.
Esta proposta "de distribuição de dividendos permite ao grupo preservar total flexibilidade para acelerar os seus planos de expansão e aproveitar qualquer potencial oportunidade de crescimento não-orgânico, mantendo em simultâneo um nível reduzido de dívida líquida", referiu, na altura, o grupo.
Na sessão de hoje da bolsa, as ações da Jerónimo Martins subiram 1,61% para 16,10 euros.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 55 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 200 mil são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 246 mortes, mais 37 do que na véspera (+17,7%), e 9.886 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 852 em relação a quinta-feira (+9,4%).
Dos infetados, 1.058 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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