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Frabricante português avança para os Emirados Árabes Unidos

O fabricante de mobiliário urbano Larus vai entrar nos Emirados Árabes Unidos, com a primeira encomenda de equipamentos de sinalética turística, viária e pedonal até ao final de 2014, disse hoje o fundador da empresa portuguesa.

Frabricante português avança para os Emirados Árabes Unidos
Notícias ao Minuto

18:21 - 15/12/13 por Lusa

Economia Mobiliário

"A Larus faz do design o fio condutor de toda a atividade nacional e internacional, fabricando mobiliário urbano, e vai reforçar a sua posição internacional com a primeira encomenda de equipamentos de sinalética turística e de informação viária e pedonal para os Emirados Árabes Unidos até ao final de 2014, no montante de 500.000 euros", explicou à Lusa Pedro Martins Pereira.

A empresa, que tem uma unidade industrial em Idanha-a-Velha, começou o processo de internacionalização "de forma consistente" há três anos, depois de ter apostado em Espanha e posteriormente em Angola, ainda em 2008.

A estratégia de negócios fora das fronteiras portuguesas tem-se alicerçado no fabrico de mobiliário urbano criado em parceria com alguns dos mais conceituados arquitetos portugueses, como Siza Vieira, Francisco Providência, Daciano Costa, Álvaro Siza, Souto Moura ou Carvalho Araújo, o que lhe permitiu "inovação, diferenciação, valor acrescentado e reconhecimento internacional", disse à Lusa o fundador da Larus.

Atualmente, os principais mercados externos de destino dos equipamentos da empresa são a Alemanha, Holanda, Bélgica e a França, na Europa do Centro, "mercados que são muito exigentes e onde temos vindo a obter bons resultados", salientou.

Além da Espanha e de Angola, a Larus olha agora para novas geografias e oportunidades no Médio Oriente e em Moçambique. Este último mercado está "ainda em estudo", mas tem um "forte potencial de negócio", frisou Pedro Martins.

"Quando vamos para outros mercados desenvolvemos sempre equipamentos de mobiliário urbano que têm a ver com a sua cultura e que valorizem a sua identidade", explicou.

Marrocos é também um "mercado muito acessível, com uma ligação mais forte a Portugal do que a França ou a Espanha, e próximo", onde a Larus já ganhou diversos concursos e para onde já deu resposta a um número "muito significativo" de encomendas, adiantou.

A marca portuguesa alcançou o reconhecimento internacional em 2011, não só pela aposta na qualidade mas também na inovação dos produtos, "surpreendendo por ser uma empresa muito flexível", pois pode fazer séries de equipamento em menor quantidade e que "podem escalar para quantidades muito superiores", ao invés das grandes empresas, realçou o gestor.

A Larus conquistou em 2011 o maior prémio mundial de design - Red Dot - com a Linha+, cujos equipamentos foram já "mostrados com sucesso" nas cidades de Madrid, Génova e Antuérpia.

Em Angola, entre outros projetos foi selecionada para "mobilar" a Baía de Luanda e a Ilha do Cabo.

A sinalética da Expo 98 "indicou o caminho à empresa Larus", que ganhou estatuto ao dar também forma aos bancos do jardim de Serralves, no Porto, com a assinatura do arquiteto Siza Vieira.

Em Marrocos equipou, por exemplo, as estações de serviço da autoestrada Rabat-Oujda, um dos mais importantes projetos rodoviários do Magrebe e está também presente na Argélia.

"Antes de 2012, ano de recuperação, a Larus com a quebra das encomendas por parte das entidades públicas portuguesas, voltou-se mais consistentemente para o mercado externo", disse à Lusa o seu responsável máximo, que destacou ainda a flexibilidade da empresa como um dos seus fatores competitivos, pois as grandes empresas são "inflexíveis e mantêm as mesmas séries de produtos".

"Esta flexibilidade e a inovação explicam, em boa parte, o nosso sucesso", disse.

Assim, cerca de 55% a 60% do atual volume de negócios da empresa já é gerado fora de Portugal.

A Larus vai fechar 2013 com uma faturação de 3,5 milhões de euros e há dois anos e meio adquiriu a Alba uma empresa que quer recuperar a marca, tendo já em marcha novos equipamentos em áreas diversas de negócio com "forte potencial" de crescimento.

Como exemplo disso, Martins Pereira falou à Lusa nas duas salamandras com design do arquiteto Francisco Providência e de um recuperador de calor do arquiteto Soutto Moura.

A empresa emprega atualmente perto de 50 colaboradores.

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