Covid-19 conduziu a "redução sem precedentes nos pagamentos", diz BdP
Impacto da Covid-19 reflete-se, de forma muito imediata, na utilização dos instrumentos de pagamento, de acordo com o Banco de Portugal.
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Economia Pagamentos
O Banco de Portugal (BdP) anunciou, esta sexta-feira, que a pandemia do novo coronavírus - e as restrições posteriormente impostas pelo Estado de Emergência - conduziu a uma redução muito significativa nos pagamentos dos agentes económicos nacionais.
"A pandemia de COVID-19 está a ter um impacto significativo na atividade dos agentes económicos nacionais, sejam eles consumidores, empresas, bancos ou organismos da Administração Pública. Este impacto reflete-se, de forma muita imediata, na utilização dos instrumentos de pagamento. A entrada em vigor do estado de emergência e a adoção de medidas de confinamento generalizado conduziram, em março de 2020, a uma redução sem precedentes na utilização de cartões de pagamento", sublinha o BdP, em comunicado.
Em março de 2020, foram efetuadas 167,4 milhões de operações com cartão, no valor de 9,2 mil milhões de euros. Estes números correspondem a quedas de 19,4% em número e de 10,2% em valor relativamente ao mesmo período do ano anterior, que se explicam pela "redução dos levantamentos, das compras e das operações de baixo valor".
Também os levantamentos em numerário acompanharam esta tendência, tendo existido uma queda de 31,5% em número e 20,4% em valor, tendo sido realizadas apenas 25,9 milhões de operações, no valor de 1,9 mil milhões de euros.
Portugueses levantaram menos 34 milhões de euros por dia
Adianta ainda o supervisor da banca que entre dos dias 19 de março - data em que começou a vigorar o Estado de Emergência - e 20 de abril, "estima-se que o montante dos levantamentos e compras tenha descido 46%".
Estima ainda o Banco de Portugal que os portugueses terão levantado menos 34 milhões de euros por dia e efetuado menos 56 milhões de euros de compras. "A redução das transações com cartão verificada ao longo deste período equivale a 1,4% do produto interno bruto (PIB) de 2019", afirma o supervisor.
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