Atividade manufatureira volta a abrandar após queda na procura mundial
A atividade da indústria manufatureira na China voltou a abrandar em abril, com a pandemia da covid-19 a afetar a procura mundial, dificultando os esforços de Pequim para retomar a atividade económica.
© Reuters
Economia China
A China tornou-se na primeira grande economia a reabrir as fábricas, em março, depois ter paralisado ao longo de mais de um mês, devido à covid-19, que começou na cidade chinesa de Wuhan, no centro do país.
No entanto, a epidemia alastrou-se aos Estados Unidos, à Europa e a outros grandes mercados, que foram assim forçados também a confinar as populações, paralisando o consumo e a produção.
O Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) realizado pela revista Caixin caiu em abril para 49,4 pontos, depois de se ter fixado nos 50,1, em março, e já depois de ter sofrido a maior contração de sempre, nos meses de janeiro e fevereiro.
Quando se encontra acima dos 50 pontos, o PMI sugere uma expansão do setor, abaixo dessa barreira pressupõe uma contração da atividade.
Numa outra pesquisa do gabinete de estatísticas chinês e de um grupo oficial da indústria, o mesmo índice caiu para 50,8 pontos, depois de se ter fixado nos 52 pontos no mês anterior.
O subíndice da pesquisa oficial para pedidos de exportação caiu 12,9 pontos, para 33,5.
Ambas as pesquisas mostraram uma queda no emprego.
"Ainda é muito cedo para concluir que a economia chinesa voltou a crescer", afirmou Iris Pang, analista no banco holandês ING, em comunicado.
A atividade recuperou em março, mas os analistas alertaram que os fabricantes podem enfrentar uma segunda queda, devido a uma possível segunda vaga da pandemia, o que deprimiria ainda mais o crescimento económico global e abalaria o sistema financeiro, devido à queda nos preços do petróleo.
"Ainda há muita incerteza nos próximos meses devido à fraca procura mundial", admitiu Pang.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 224 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
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