UE avança com mil milhões de euros para investigação global
A Comissão Europeia anunciou hoje uma contribuição de mil milhões de euros para investigação de vacina e tratamentos para a covid-19, no âmbito de uma campanha mundial de angariação de fundos coorganizada por Bruxelas.
© Lusa
Economia Covid-19
"A Comissão Europeia vai mobilizar mil milhões de euros para a resposta global ao novo coronavírus", anunciou a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, falando no arranque de uma maratona mundial de angariação de fundos para desenvolvimento de testes de diagnóstico, tratamentos e vacinas contra covid-19, coorganizada pela instituição.
Ao todo, o objetivo é conseguir 7,5 mil milhões de euros para alocar a testes de diagnóstico, vacinas e tratamentos.
"Temos de desenvolver [estes tratamentos] e disponibilizá-los em todos os cantos do mundo e eles têm de estar disponíveis e acessíveis para todos", acrescentou Ursula von der Leyen.
Em declarações prestadas na videoconferência de dadores, em Bruxelas, a responsável mostrou-se convencida de que "o 04 de maio de 2020 marcará um ponto de viragem na luta contra a covid-19".
De acordo com a líder do executivo comunitário, a verba pretendida é "apenas o monte inicial".
"É o financiamento que precisamos para avançar com diagnósticos, vacinas e tratamentos, mas é apenas o início [porque] muito mais vai ser necessário", frisou a responsável.
Também em declarações prestadas no arranque da videoconferência de dadores, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou o "espírito de solidariedade" necessário para combater o surto.
"Estas vacinas e tratamentos serão cruciais para a Europa, mas ainda mais críticos para os nossos parceiros mais vulneráveis com sistemas de saúde frágeis, como é o caso de África, que deve estar no centro da nossa solidariedade", argumentou Charles Michel, acompanhando Ursula von der Leyen na defesa de "preços acessíveis", nomeadamente para os países africanos.
Esta maratona mundial de angariação de fundos surge após a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras organizações mundiais que operam no setor da saúde terem lançado um apelo conjunto à mobilização para desenvolver um acesso rápido e equitativo a instrumentos de diagnóstico, terapias e vacinas contra o novo coronavírus que sejam seguros, de qualidade, eficazes e a preços acessíveis.
Também intervindo no arranque desta videoconferência de dadores, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que "há já várias vacinas a serem testadas em humanos".
Ainda assim, avisou que "uma medida do sucesso não é conseguir, rapidamente, ferramentas [de tratamento], mas sim como é que serão rapidamente distribuídas".
"Não podemos conceber um mundo em que apenas algumas pessoas estejam protegidas e as outras continuem expostas" à covid-19, frisou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Países, organizações e empresas de todo o mundo são, então, convidados a participar nesta campanha, organizada pela Comissão Europeia e pelos seus parceiros.
Também hoje, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que a contribuição portuguesa pública e privada será de 10 milhões de euros.
Além de Portugal, países como França, Itália, Reino Unido, Alemanha e Noruega já manifestaram o seu apoio à iniciativa.
Hoje, a Comissão Europeia inicia o registo dos donativos e anuncia as próximas etapas da campanha.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 247 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
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