Alemanha com queda de 6,5% no PIB este ano e recuperação em 2021

A Alemanha vai ter uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,5% este ano, devido ao impacto da pandemia sobretudo na indústria automóvel, com o país a conseguir recuperar só em 2021, divulgou hoje a Comissão Europeia.

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Lusa
06/05/2020 10:01 ‧ 06/05/2020 por Lusa

Economia

Previsões

De acordo com as previsões económicas da primavera do executivo comunitário, as primeiras projeções sobre o potencial impacto da pandemia da covid-19 na economia europeia, vai registar-se uma contração de 6,5% do PIB na Alemanha em 2020, que ainda assim fica abaixo da média da zona euro (7,7%) e do conjunto da União Europeia (7,4%).

Nas anteriores previsões económicas, as intercalares de inverno publicadas em fevereiro passado, Bruxelas esperava que a economia alemã crescesse 1,1% em 2020 e 2021.

No documento hoje divulgado, a Comissão Europeia aponta que, "no início de 2020, a indústria transformadora alemã tinha dado sinais de recuperação, mas a pandemia de covid-19 e as medidas de confinamento [adotadas] em março puseram termo a esta situação".

À semelhança de muitos outros países europeus, a economia alemã enfrenta agora "a recessão mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial", acrescenta o executivo comunitário.

Com a indústria automóvel a pesar significativamente no PIB alemão, a manufatura no país "não está sujeita a restrições, mas grandes fábricas foram encerradas devido ao desaparecimento da procura e à perturbação de cadeias de abastecimento em resultado da expansão global da covid-19", justifica a Comissão Europeia.

De acordo com Bruxelas, é agora esperado que "a atividade recupere no segundo semestre do ano e posteriormente, mas que se mantenha abaixo de normal durante algum tempo, devido a limitações persistentes na vida social e nas viagens e ao comércio externo prejudicado".

Assim, a recuperação só deverá chegar em 2021, ano para o qual o executivo comunitário espera agora um crescimento do PIB na ordem dos 5,9%.

Também relativamente às exportações, Bruxelas projeta um "grande declínio antes da recuperação dos mercados estrangeiros", com uma queda de 12,1% este ano e uma subida de 10,3% em 2021 que demonstra que a procura por veículos e bens de investimento, que lideram as exportações alemãs, deverá permanecer fraca e restringir o apetite dos investidores na Alemanha.

Relativamente ao desemprego, outro dos indicadores considerados, deverá crescer 4% este ano e 3,5% em 2021.

A Alemanha teve um aumento de 947 novos casos diagnosticados da covid-19 nas últimas 24 horas, para um total de 164.807 e anuncia hoje um novo pacote de medidas que visam o regresso à normalidade.

 

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