No documento das previsões de primavera, Bruxelas estima que o impacto da crise seja "grande" devido à importância do setor turístico na Grécia e à elevada contribuição de microempresas, que são particularmente vulneráveis.
Apesar da rápida resposta política, prevê-se que a forte contração do Produto Interno Bruto (PIB) tenha um impacto sobre o emprego", afirma a CE, estimando, no entanto, que a crise seja seguida por uma recuperação em 2021.
A recessão e o custo das medidas orçamentais para enfrentar a crise levarão a um défice considerável em 2020, afirma ainda Bruxelas.
O PIB da Grécia aumentou 1,9% em 2019, depois de ter começado a crescer em 2017 após anos de recessão.
Depois de se ter cifrado em 17,3% em 2019, a taxa de desemprego na Grécia deverá subir para 19,9% em 2020 e voltar a cair para 16,8% em 2021, indicam as previsões da Comissão.
A taxa de inflação deverá baixar de 0,5% em 2019 para -0,6% em 2020, passando para 0,5% em 2021.
Depois de um excedente orçamental de 1,5% em 2019, o quarto consecutivo, Bruxelas afirma que Atenas deverá entrar em terreno negativo e apresentar um défice de -6,4% do PIB em 2020 e outro mais baixo de -2,1% do PIB em 2021.
A dívida pública da Grécia deverá subir de 176,6% do PIB em 2019 para 196,4% este ano e voltar a cair para 182,6% do PIB em 2021.