APED espera que "haja bom-senso e equilíbrio" entre saúde e economia

O diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) disse hoje à Lusa esperar que "haja bom-senso e equilíbrio" entre saúde pública e economia para que o retalho especializado possa retomar rapidamente a atividade.

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Lusa
08/05/2020 18:52 ‧ 08/05/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

 

A APED reuniu-se com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e sua equipa para dar garantias que o retalho especializado tem condições para retomar "com todas as condições de segurança, usando a experiência do retalho alimentar que desde o início" da pandemia de covid-19 "tem estado em operação e nunca teve problemas", explicou Gonçalo Lobo Xavier.

"Temos esperança que haja bom-senso e equilíbrio entre saúde pública e economia", afirmou o diretor-geral da APED.

"Estamos a falar dos 40 mil empregos que estão suspensos, muitos negócios sem atividade, nós em 160 associados temos 100 do retalho especializado", entre brinquedos, têxtil, eletrónica de consumo, entre outros, acrescentou.

O comércio local, cabeleireiros, manicures e similares, livrarias e comércio automóvel retomaram atividade na segunda-feira, os restaurantes e cafés estão previstos para 18 de maio, enquanto as lojas dos centros comerciais só em junho, de acordo com o Plano de Desconfinamento do Governo.

"Está por provar que seja por estarmos em espaços maiores que há menos segurança", salientou Gonçalo Lobo Xavier.

"Fomos explicar que por um lado temos condições [para retomar a atividade] e, por outro, na questão dos centros comerciais, há um duplo filtro", acrescentou.

Ou seja, "há um filtro para a entrada do centro comercial, que limita a entrada de pessoas no espaço, e depois há um outro filtro à entrada da loja", exemplificou.

"O centro comercial passa a ser um sítio com muita segurança", destacou.

No encontro na Direção-geral da Saúde, estiveram presentes a APED e um conjunto de associados representativos de áreas de negócio - têxtil e vestuário (C&A), eletrónica de consumo e livros (Fnac), mobiliário (Ikea), retalho variado (El Corte Inglés), retalho alimentar (Modelo e Continente), que apresentaram as suas orientações e regras de segurança para colaboradores, consumidores e organização de loja.

A APED reitera que a abertura das lojas deve ser independente da sua dimensão e localização e com base no exemplo das boas práticas de proteção e segurança aplicadas proativamente desde o início da pandemia do novo coronavírus pelos associados da distribuição alimentar.

Na reunião, a APED referiu ainda a colaboração que tem sido desenvolvida com a Associação Portuguesa de Centros Comerciais que está a elaborar um guia de segurança para o acesso e circulação nas zonas comuns dos Centros Comerciais e que será crítico para controlar e disciplinar o fluxo de clientes nestes espaços.

Cerca de dois terços dos associados da APED são retalho especializado (não alimentar), responsáveis por 40 mil empregos diretos.

Gonçalo Lobo Xavier garante que é possível um "equilíbrio entre reativar a economia para bem do país e garantir os níveis de segurança que são importantes e válidos para todos".

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