Tráfego aéreo gerido pela NAV caiu 94% em abril para 4.018 voos
A NAV Portugal disse hoje que geriu 4.018 voos em abril, o que corresponde a uma quebra de 94% face ao mesmo mês do ano passado e "confirma o forte impacto" da pandemia de covid-19 no tráfego aéreo.
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Economia NAV Portugal
"A NAV Portugal geriu 4.018 voos durante o mês de abril, uma quebra de 94,2% face ao mesmo mês do ano passado que confirma o forte impacto das medidas de contenção da pandemia de covid-19 no tráfego aéreo", lê-se num comunicado divulgado pela gestora dos serviços de tráfego aéreo em Portugal.
Em abril de 2019, tinham sido registados mais de 69 mil movimentos.
A NAV refere também que, em março, o recuo tinha sido de 36%, "muito graças a uma primeira metade do mês que decorreu ainda em condições normais até começarem a avançar interdições a ligações aéreas", mas já previa uma "queda abrupta em abril".
Nos primeiros quatro meses do ano, a NAV geriu um total de 165,6 mil movimentos, contra 253,7 mil no mesmo período de 2019 e 246 mil em 2018.
"Estes valores são ainda mais reduzidos que as previsões mais pessimistas traçadas pela NAV Portugal aquando do desenho do orçamento para 2020, quando se estimava que no pior dos cenários se chegaria a abril com um mínimo de 182,7 mil voos controlados", acrescenta.
A NAV admite que ainda não é possível antever um regresso à normalidade no tráfego aéreo, apesar do anúncio da retoma de algumas ligações a partir deste mês, considerando até "expectável" a tendência de "queda significativa nos próximos meses".
O total de voos geridos pela NAV, ou "movimentos", inclui não apenas os voos com origem/destino em aeroportos portugueses, mas também aqueles que sobrevoam o espaço aéreo sob responsabilidade portuguesa, que totaliza mais de 5,8 milhões km2 (quilómetros quadrados).
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
O Governo deverá aprovar hoje novas medidas para entrarem em vigor na segunda-feira, incluindo as visitas a lares, a reabertura das creches e dos equipamentos sociais de apoio à deficiência, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos, e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.
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