A situação de 'lay-off' em que se encontra a maioria das empresas privadas de transporte rodoviário foi um dos temas discutidos esta tarde numa reunião entre a Fectrans e o ministro do Ambiente e Ação Climática, João Matos Fernandes.
"Alertámos o senhor ministro para a necessidade dessas empresas saírem do quadro de 'lay-off', até porque essa a única forma de garantir que existe um aumento da oferta. No entanto sabemos que o Governo não tem autoridade e terão de ser as autoridades de transporte", contou à Lusa o coordenador da Fectrans, José Oliveira.
Para o sindicalista, "não faz sentido as empresas continuarem em 'lay-off' quando continuam a ser remuneradas".
Outro tema abordado com o Governo foi a questão do concurso público internacional para o transporte público rodoviário das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto que, segundo defende a Fectrans, deverá salvaguardar os postos de trabalho dos trabalhadores.
"Entendemos que deve ficar garantido que haja uma transferência de trabalhadores da atual operadora para aquela que vier a ganhar o concurso e que sejam asseguradas as mesmas condições de trabalho", defendeu.
As questões relativas ao setor do táxi também foram abordadas, tendo o Governo assumido o compromisso a realizar um debate alargado com todos os interessados, indicou José Oliveira.
"Ficámos muito satisfeitos porque o Ministério aceitou o nosso desafio. É importante olhar para este setor e discutir os seus problemas, com disciplina e rigor, assim como regularizar a situações de precariedade", sublinhou o sindicalista.
Portugal contabiliza hoje 1.247 mortos associados à covid-19 em 29.432 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.