"Os bens de consumo eletrónicos registaram uma 'performance' positiva no primeiro trimestre de 2020", refere a GfK, em comunicado.
No período em análise, "a categoria que regista o maior crescimento é a dos grandes eletrodomésticos (11,1%), com uma faturação de 151 milhões de euros, seguida pelos pequenos eletrodomésticos (8,6%), com 72 milhões de euros", acrescenta.
Este período coincide com o início de confinamento devido à pandemia de covid-19 em Portugal (meados de março), "pelo que há uma clara influência da pandemia na forma como os portugueses consumiram", sublinha a Gfk.
"Dentro da categoria dos grandes eletrodomésticos, os congeladores foram o produto com melhor desempenho, sendo que as máquinas de lavar e secar roupa registaram um forte crescimento, seguramente impulsionado pelo isolamento social vivido em Portugal", adianta.
No que respeita os pequenos eletrodomésticos, "destacam-se os aparelhos de tratamento de ar, os secadores de cabelo e as máquinas de café como motor de crescimento desta categoria".
A terceira categoria seguinte com maiores vendas são os equipamentos de escritório e consumíveis, cujas vendas subiram 2%, "alavancada pelo 'home office' em que impressoras multifuncionais ganharam importância, verificando-se um grande crescimento em particular no final do primeiro trimestre".
Durante estes meses, "foram algumas as categorias que registaram quebras de vendas, nomeadamente a fotografia (-25,7%), a eletrónica de consumo (-7,8%), as telecomunicações (-1,6%) e as tecnologias de informação (-1,5%)".
Em suma, "neste primeiro trimestre, as câmaras fotográficas apresentaram avultadas quebras de vendas, bem como as vendas de televisões que registaram igualmente um abrandamento do crescimento do segmento UHD [ultra alta definição]. Também os 'smartphones', na categoria telecomunicações, sofreram uma queda ligeira e o teletrabalho deu origem a uma queda dos computadores 'desktop' [fixos]", conclui a Gfk.