O presidente do Novo Banco, António Ramalho, espera receber a sua parte dos prémios que a instituição vai atribuir, justificando com a "inversão no banco". Além disso, defende que o tema dos bónus está a ser mal entendido pelo público.
"Eu espero ser premiado pela inversão do banco", disse Ramalho, na SIC Notícias, na quinta-feira, quando questionado sobre se espera receber a sua parte do 'pacote' de prémios de dois milhões de euros.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram o requerimento do PAN para audições do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e do presidente do Novo Banco, António Ramalho, sobre bónus pagos aos administradores daquele banco.
Já no início de maio foi conhecido que, referente a 2019, o Fundo de Resolução colocou 1.035 milhões de euros no Novo Banco, 850 milhões de euros dos quais vieram diretamente do Estado.
Contudo, o valor inicialmente pedido pelo Novo Banco foi de 1.037 milhões de euros, pelo que a transferência foi feita com menos dois milhões de euros.
Segundo o jornal Expresso, o valor de dois milhões de euros não transferido corresponde aos bónus dos membros do Conselho de Administração Executivo liderado por António Ramalho, a serem pagos no futuro, mas correspondentes a 2019.