O Presidente da República deu posse, esta segunda-feira, ao novo ministro de Estado e das Finanças, João Leão, e à sua equipa, que inclui três novos secretários de Estado, na sequência da demissão de Mário Centeno.
"Estou convicto que ultrapassada esta crise, vamos conseguir colocar Portugal no caminho do crescimento da economia, do emprego, da confiança e da sustentabilidade", disse João Leão, numa breve declaração aos jornalistas. "É uma honra servir o meu país", rematou.
O ministro assumiu como prioridades estabilizar a economia, com apoio às empresas e ao investimento, e proteger os rendimentos.
"Em primeiro lugar, o nosso ênfase tem de ser estabilizar o país, a economia, e proteger os rendimentos. Vai ser a ênfase neste ano. Sem se estabilizar e salvar as empresas e proteger os postos de trabalho não teremos uma economia em condições de crescer a partir do final do ano e a partir do próximo ano", declarou aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa.
Questionado se vai manter a política de cativações, o ministro respondeu: "Essa foi uma política que não foi nova, sempre existiu e faz parte de uma gestão rigorosa, controlada, em nome dos portugueses e de conseguir recursos para assegurar a estabilidade e a proteção dos seus rendimentos".
O ministro das Finanças disse ainda que aprendeu "muito" com Mário Centeno e referiu que vê como uma "hipótese" o antigo ministro das Finanças assumir o cargo de governador do BdP, apesar de considerar que "não é altura" para falar sobre isso.
Estas mudanças, que constituem a primeira remodelação do XXII Governo Constitucional, foram oficializadas numa "cerimónia restrita", "sem outros convidados, dadas as atuais regras de saúde pública" devido à pandemia da Covid-19.
Nesta recomposição, que não altera a dimensão do Governo, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, é promovido a Adjunto do novo ministro e também tomará posse desse novo cargo.
Tomarão posse como novos secretários de Estado Cláudia Joaquim, com a pasta do Orçamento, João Nuno Mendes, com as Finanças, e Miguel Cruz, com o Tesouro.
Na cerimónia de tomada de posse, que foi rápida, também marcou presença o antigo ministro das Finanças Mário Centeno, que trocou ainda umas breves palavras com o primeiro-ministro, António Costa, e com o Presidente da República.