Air France quer eliminar mais de 7.500 empregos até finais de 2022

O grupo Air France quer eliminar mais de 7.500 postos de trabalho até ao fim de 2022, incluindo mais de mil na companhia aérea regional Hop!, indicaram à AFP fontes sindicais.

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Lusa
30/06/2020 14:56 ‧ 30/06/2020 por Lusa

Economia

Air France

"As necessidades caíram acentuadamente ao longo deste período, em linha com a queda da atividade e a necessidade de acelerar a transformação da empresa", explica a administração num documento a que a AFP teve acesso e que prevê a eliminação de 6.560 na companhia aérea Air France.

A supressão de postos de trabalho deverá passar por saídas naturais que não serão substituídas (cerca de 3.500 num total de 41 mil trabalhadores da Air France) e por saídas voluntárias, sem que estejam, no entanto, excluídas algumas partidas forçadas.

A Hop!, que tem atualmente cerca de 2.400 trabalhadores, segundo fonte sindical, será particularmente afetada.

Segundo várias fontes, as instalações de manutenção da Hop! em Morlaix e Lille podem vir a encerrar, assim como uma base de pessoal da Air France em Toulouse.

A administração quer iniciar negociações com os sindicatos do pessoal de terra no início de julho para que as primeiras saídas ocorram no início de 2021.

Contactada pela AFP, a administração da Air France disse reservar "a apresentação das suas orientações estratégicas e do seu impacto em matéria de emprego para os parceiros sociais e instâncias representativas do pessoal, que terá uma reunião no próximo dia 03 de julho".

"A diminuição duradoura da atividade e o contexto económico ligado à crise da pandemia de covid-19 impõem que se acelere a transformação da Air France", afirma a empresa, dizendo estudar "todas as ferramentas para ajustar o seu pessoal à redução da atividade, privilegiando o voluntariado e a mobilidade".

Nas últimas semanas, outras companhias aéreas anunciaram que vão eliminar empregos, com o grupo Lufthansa a apontar uma redução de 22 mil e a British Airways a indicar um corte de 10 mil, devido à crise no setor causada pela pandemia.

O Estado francês, acionista da Air France-KLM, chegou a acordo para uma ajuda financeira de 7 mil milhões de euros ao grupo, sendo 4 mil milhões em empréstimos bancários garantidos e 3 mil milhões em empréstimos diretos, pedindo-lhe que melhore a sua rentabilidade e o impacto ambiental.

 

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