Segundo uma informação da ERS, da análise a todas as reclamações deste ano, registou-se "o aumento abrupto, no mês de maio, de processos com menção ao tema 'questões financeiras'".
"Esse aumento esteve diretamente relacionado com o assunto covid-19, concretamente a cobrança de valores referentes à utilização de EPI por parte de alguns estabelecimentos do setor privado e social", refere.
Os temas em que o assunto da pandemia de covid-19 foi mencionado pelos utentes foram diferentes no setor público e nos setores privado, cooperativo e social.
"As questões financeiras representaram 60% das menções" no privado, cooperativo e social devido aos valores cobrados pelos EPI, enquanto no setor público a ERS refere a "focalização no utente (26%), os cuidados de saúde e segurança do doente (25%), e o acesso a cuidados de saúde (23%)" como as questões mais recorrentes.
A ERS menciona ainda que a maior percentagem de elogios e sugestões surgiu no setor público (4%), por comparação aos restantes (1%).
A entidade reguladora assinala igualmente "o decréscimo sistemático de um dos temas habitualmente mais mencionados (...), os 'tempos de espera'".