Clientes bancários que se juntaram nesta associação têm vindo a organizar manifestações em que exigem as poupanças investidas no BES, argumentando que inicialmente o Banco de Portugal lhes garantiu que essas estavam protegidas por uma provisão de 1.837 milhões de euros que obrigou o BES a fazer e que passou para o Novo Banco aquando da resolução, em agosto de 2014.
Estes clientes acusam as autoridades de terem usado o dinheiro dessa provisão para pagar a outras entidades, como outros bancos a quem BES tinha dívidas.
Este grupo de lesados colocou-se à margem das negociações levadas a cabo pela Associação dos Enganados e Indignados do Papel Comercial (AIEPC) para devolução aos lesados de parte do valor investido, exigindo a devolução da totalidade do dinheiro que perderam em aplicações que lhes asseguraram ser "garantidas".
O BES, tal como era conhecido, acabou em agosto de 2014, deixando milhares de pessoas lesadas devido a investimentos feitos no banco ou em empresas do Grupo Espírito Santo.
O Banco de Portugal, através de uma medida de resolução, tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os ativos e passivos de qualidade num 'banco bom', denominado Novo Banco, e os passivos e ativos tóxicos no BES, o 'banco mau' ('bad bank'), sem licença bancária.
A manifestação está marcada para as 11h00 junto ao Banco de Portugal, na Praça da Liberdade, e ao Novo Banco, na Avenida dos Aliados, no Porto.